Tony Hall anunciou que irá renunciar ao cargo perante o desafio de conquistar audiências e num contexto de tensão com o Governo de Boris Johnson.
O diretor-geral da estação de televisão pública britânicaBBC, Tony Hall, anunciou esta segunda-feira que irá renunciar ao cargo no próximo verão, perante o desafio de conquistar audiências e num contexto de tensão com o Governo deBoris Johnson.
Numa carta enviada hoje aos funcionários, o diretor-geral, de 68 anos, há sete anos à frente da estação televisiva, considerou que deixar a BBC foi uma "decisão difícil".
"Eu amo a BBC. Sou apaixonado pelos seus valores e pelo papel que desempenhamos neste país e também pelo que fazemos globalmente", disse Hall, que assumiu o cargo em abril de 2013.
Tony Hall explicou que, se fosse guiado pelo seu "coração", nunca iria querer sair desta maneira.
"No entanto, acho que uma parte importante da liderança passa por colocar primeiro os interesses da organização", acrescentou o diretor-geral.
A BBC tem um estatuto que assegura a sua missão até 2027 e que será revisto na primavera de 2022.
Hall considerou "justo" que o seu sucessor esteja em funções antes desta revisão.
Em outubro, o regulador audiovisual britânico Ofcom concluiu que a BBC deve "fazer mais" para atrair um público jovem, caso contrário corre o risco de perder "uma geração" de potenciais contribuintes para a taxa de licença, que é sua principal fonte de financiamento.
O regulador afirmou ainda que, por vezes, a BBC é vista como representando uma "pequena burguesia branca" centrada em Londres.
A televisão pública foi criticada, tanto à direita como à esquerda, pelo tratamento dado à campanha para as eleições legislativas no mês passado.
O primeiro-ministro Boris Johnson defendeu uma redução da taxa e das multas para quem não a paga, pondo em causa o financiamento do grupo que emprega mais de 2.000 jornalistas.
A BBC enfrenta ainda uma questão interna sobre igualdade salarial.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
Identificar todas as causas do grave acidente ocorrido no Ascensor da Glória, em Lisboa, na passada semana, é umas das melhores homenagens que podem ser feitas às vítimas.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar