Deputada acusou Ursula von der Leyen de matar pessoas e foi expulsa do Parlamento Europeu durante uma sessão.
"Você matou pessoas!" Foi esta a intervenção que lançou todas as atenções sobre a eurodeputada romena Diana ?o?oaca, que acabou expulsa de um debate durante a sessão plenária do novo Parlamento Europeu, a 18 de julho, por interromper várias intervenções com gritos - apesar do açaime que levava na boca.
O incidente ocorreu durante o debate que antecedeu a eleição de Ursula von der Leyen enquanto presidente da Comissão Europeia. Diana ?o?oaca apareceu com o açaime que fazia referência às máscaras utilizadas durante a pandemia e dirigiu acusações a Ursula von der Leyen devido às vacinas contra a covid.
Foi mesmo a presidente do parlamento, Roberta Metsola, que deu ordem para que a eurodeputada independente, eleita pelo partido de extrema-direita SOS Roménia, fosse retirada do plenário. As normas no Parlamento Europeu preveem que um eurodeputado pode ser expulso se não cumprir repetidamente as normas de conduta estabelecidas pelo regulamento que estabelece: "Pode ser negado ao deputado o direito de palavra e o presidente pode excluí-lo pelo resto da sessão".
REUTERS/Johanna Geron
Eurodeputowana z Rumunii. - Zabiliscie ludzi, mam prawo mówic - krzyczala rumunska poslanka Diana Sosoaca, przerywajac wystapienie Valérie Hayer. Poslanka miala w reku ikone religijna i kaganiec na twarzy. Musiala interweniowac ochrona. pic.twitter.com/wt4gSD0r5k
Enquanto era rodeada pelos seguranças do Parlamento Europeu Diana ?o?oaca continuou a afirmar: "Tenho o direito de falar, fui votada pelos romenos" e "confiamos em Deus".
Diana ?o?oaca, de 48 anos, é atualmente a líder do SOS Roménia e exerce o seu primeiro mandato como eurodeputada. Foi membro da câmara alta do parlamento da Roménia e ganhou notoriedade no seu país pelas suas posições anti-imigração e antivacinas.
Fundou o SOS Roménia, em 2021, depois de se ter afastado da Aliança para a União dos Romenos, um partido considerado menos extremista. Enquanto membro do parlamento romeno Diana cjá pediu que o país se retirasse da União Europeia e fez fortes críticas à atuação da NATO.
Apesar de estar há pouco tempo no Parlamento Europeu, já protagonizou momentos caricatos. Defendeu que devia ser chamado um padre para purificar o ambiente porque "assim como no parlamento romeno, encontram-se aqui demónios": "Vou trazer um padre para benzer os escritórios e os outros sítios que eu conseguir. É o meu direito à religião, para expressar a minha fé religiosa." Diana ?o?oaca viajou da Roménia acompanhada de mirra e de uma "imagem da Santa Paraskava".
Diana ?o?oaca usou um fato tradicional romeno e durante a votação para a presidência do parlamentopublicou um vídeo no Facebookonde riscou os nomes de Roberta Metsola e de Irene Montero para depois escrever: nunca pela Ucrânia, nunca pelos LGBT, nunca pela ditadura da UE.
Aos meios de comunicação romenos, também relatou uma conversa com Roberta Metsola e que esta empalideceu ao vê-la: "Cruzei-me com a Metsola, quando ela me viu ficou branca. Pedi-lhe para marcarmos uma reunião e ela estava a ficar cada vez mais branca, mas acabou por responder: ‘Escreva-me quando quiser, estou aberta a falar consigo’".
No seu primeiro discurso enquanto eurodeputada, acusou a União Europia de arruinar a Roménia ao fornecer ajuda militar à Ucrânia e pediu que os envios de armamento sejam interrompidos, uma vez que "a paz não se faz com o envio de armas": "Vocês destruíram a Roménia, todas as estradas estão destruídas, os romenos estão empobrecidos por ajudarem os ucranianos". De seguida, afirmou ainda que já tinha discutido o fim da guerra com Moscovo, uma vez que a Rússia é "a única parte interessada em discutir a paz".
Anteriormente, o SOS Roménia já se tinha posicionado como defensor da Grande Roménia e da devolução por parte da Ucrânia dos territórios anexados em 1940.
Mosteiro critica eurodeputada
A atitude de Diana ?o?oaca foi também criticada na Roménia. O mosteiro Petru Voda, no concelho de Neamt, publicou um comunicado em que considerou o comportamento da eurodeputada como contrário à "racionalidade e nobreza do Cristianismo": "É dever da igreja e nosso, enquanto comunidade cristã, defender a nossa fé e afirmar os nossos valores cristãos na forma como as coisas devem ser feitas".
"Assim, no que diz respeito ao comportamento recente da Sra. Diana Iovanovici ?o?oaca no Parlamento Europeu, deve ser mencionado que esta foi eleita exclusivamente com base na sua qualificação como uma política ambiciosa, e não como representante espiritual", lê-se no comunicado, que considera que o seu comportamento foi "contrário à racionalidade e nobreza do Cristianismo, que vence através do poder do espírito, da razão dos argumentos, e não através da irritação anárquica".
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