O cipriota coloca as decisões nas mãos dos seus seguidores. Já escolhram se deveria integrar uma família política e agora ele perguntou-lhes se deve ou não votar em Ursula von der Leyen para presidente da Comissão Europeia.
Fidias Panayiotou é um dos 720 eurodeputados eleitos no passado dia 9 de junho. Porém, o cipriota destaca-se dos restantes pela sua experiência profissional prévia, era youtuber, e pela forma como está a conduzir este arranque de mandato (que oficialmente começa esta terça-feira).
Conhecido por vídeos como "Gastei 100 milhões no país mais barato do mundo", "Vivi no aeroporto durante dez dias" ou "Tentei fazer os cinco trabalhos mais perigosos do mundo", o jovem de 24 anos conta com mais de 2,6 milhões de seguidores (o Chipre tem apenas 1,251 milhões de habitantes).
Em janeiro anunciou a sua candidatura como independente, garantindo que o objetivo era promover o envolvimento dos jovens na política e conseguiu atingir o terceiro lugar nas eleições, 19,4% dos votos, apesar de durante a sua candidatura ter admitido que nunca tinha votado e que não tinha conhecimentos políticos.
Após a sua eleição Fidias Panayiotou afirmou: "Os partidos devem ver esta eleição como um aviso de que se devem modernizar e ouvir a população".
E a realidade é que em pouco mais de um mês, o jovem já fez vários vídeos para o TikTok onde explica como funcionam as instituições europeias, com uma linguagem acessível e tem dado espaço aos seus seguidores para participarem nas suas escolhas, o que considera que promove uma democracia mais direta.
Num dos seus primeiros vídeos começou por tentar escolher um grupo político, depois de explicar quais são os grupos existentes perguntou aos seus seguidores se achavam que deveria pertencer aos Verdes ou manter-se independente. A segunda opção acabou por ser a mais votada e, neste momento, Fidias Panayiotou mantém-se como independente no Parlamento Europeu.
Outro dos vídeos que fez mais sucesso até ao momento é sobre quanto ganham os membros do Parlamento Europeu e qual é obudgetque têm disponível mensalmente para a sua equipa, despesas de representação e benefícios, alcançando um total de 60 mil euros por eurodeputado.
Chegada a semana das grandes decisões, esta em que agora entramos, Fidias Panayiotou considerou-a a "primeira e mais importante semana" da sua carreira. O cipriota fez outro vídeo a perguntar aos seus seguidores se deve ou não votar em Ursula von der Leyen para se manter no cargo de presidente da Comissão Europeia, "o cargo mais importante na União Europeia". Durante o dia de segunda-feira, ontem, esteve disponível uma sondagem nas suas redes sociais onde era possível votar se Ursula von der Leyen deve ou não continuar como presidente da Comissão Europeia. Será o resultado desta sondagem que vai ditar a votação de Fidias Panayiotou, na quinta-feira.
Outro dado curioso é o facto de Fidias Panayiotou ter convidado para fazer parte da sua equipa, o seu professor de História do ensino secundário, para simplificar o funcionamento da União Europeia: "Um dos meus papéis é explicar a toda a gente como é que as instituições europeias funcionam".
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
O medo, a extrema-direita e as alterações climáticas marcam a entrevista a José Gil, um documento único nesta edição da SÁBADO.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
