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Na próxima semana a lei do serviço obrigatório vai ser discutida no parlamento israelita, apesar do grande número de opositores, incluindo o partido de Benjamin Netanyahu.
Dezenas de milhares de homens ultraortodoxos manifestaram-se no centro de Jerusalém esta quinta-feira contra os planos para que passem a ser recrutados para o serviço militar.
Dezenas de milhares de judeus protestam contra o recrutamento militarAP Photo/Mahmoud Illean
Os manifestantes cantaram músicas religiosas enquanto seguravam cartazes onde afirmavam que preferiam ir para a prisão. “Tudo isto é um plano para nos impedirem de praticar a nossa religião. Não vamos concordar em enviar os nossos filhos. Entendemos o que está muito claro: eles não precisam de nós, mas querem aniquilar-nos religiosamente”, defendeu Ephraim Luff, 65 anos, um seminarista da cidade ultraortodoxa de Bnei Brak e pai de oito filhos.
A sociedade israelita vive em profunda divisão quanto à isenção do serviço militar obrigatório concedida aos ultraortodoxos e estas tensões parecem ser a mais séria ameaça ao governo de Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro depende dos partidos ultraortodoxos para manter a coligação que lhe permite governar, no entanto a tentativa desses mesmos partidos de aprovar uma lei que os isente permanentemente do serviço militar pode levar à queda de um governo já fragmentado e provocar eleições antecipadas, eleições estas que estão atualmente agendadas para novembro do ano que vem. A realidade é que os dois partidos ultraortodoxos abandonaram mesmo a coligação durante o verão como forma de protesto, no entanto continuam a votar alinhados com Netanyahu na maior parte dos temas, o que permite a sobrevivência do governo.
A principal estrada que permite a entrada em Jerusalém foi fechada, parte da cidade foi paralisada assim como os serviços de transportes e mais de dois mil polícias tiveram de ser mobilizados para conter as manifestações de dezenas de milhares de ultraortodoxos, conhecidos em Israel como haredim. Um adolescente acabou por morrer durante o protesto, maioritariamente pacífico, depois de cair de um prédio em construção.
Quem são os haredim?
Existem em Israel aproximadamente 1,3 milhões de judeus ultraortodoxos, que representam cerca de 13% da população e opõem-se ao serviço militar por considerarem o estudo religioso como o seu dever mais importante.
Os haredim estão isentos do serviço militar desde a fundação do Estado de Israel, em 1948, quando um pequeno número de estudiosos ficou isento. No entanto com o passar dos anos os partidos religiosos tornaram-se cada vez mais influentes e o número de isenções aumentaram consideravelmente, em 2017 o tribunal declarou essas isenções ilegais, mas repetidas prorrogações por parte do governo têm impedido a aprovação de uma lei substituta.
A guerra em Gaza piorou a divisão da sociedade israelita no que toca a este assunto uma vez que grande parte da população não concorda com estas isenções. Desde outubro de 2023 mais de 900 soldados foram mortos e muitos reservistas chamados servirem em múltiplas missões, além disso as Forças Armadas têm alertado para a necessidade de existirem mais soldados, pelo que muitos são os israelitas que consideram que os ultraortodoxos deveriam ser chamados. O serviço militar dos haredi já provocou várias eleições antecipadas.
Atualização da lei
Na próxima semana a lei do serviço obrigatório vai ser discutida no Knesset, parlamento israelita, apesar do grande número de opositores, incluindo o partido de Benjamin Netanyahu. Este é o primeiro passo para que o projeto seja levado a votação do plenário.
Será muito difícil para os membros ultraortodoxos do Knesset conseguirem aquilo que a sua comunidade quer, por um lado a isenção permanente do serviço militar obrigatório e por outro um maior orçamento para as suas comunidades. Uma série de processos no Supremo Tribunal tem diminuído o orçamento que permite aos judeus ultraortodoxos dedicaram-se aos estudos em troca de um bolsa financiada pelo Estado.
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