O país tem sido afetado por sucessivos apagões, mas desta vez, foi total. Não é claro quando é que o problema será solucionado.
Cuba ficou sem eletricidade. Um apagão afetou a ilha a partir das 11 horas da manhã (17 horas em Portugal continental) na sequência de uma falha na central termoelétrica Antonio Guiteras, revelou o ministro da Energia do país.
REUTERS/Norlys Perez/File Photo
De acordo com a agência noticiosa Reuters, ao início do dia o governo já tinha ordenado o encerramento de escolas, universidades e fábricas não-essenciais, e mandou a maioria dos funcionários do Estado para casa num último esforço para manter a energia nas casas. Porém, a falha ocorreu na mesma e 10 milhões de pessoas ficaram sem eletricidade.
"Não haverá descanso enquanto [a eletricidade] não for restabelecida", garantiu o presidente cubano Miguel Díaz-Canel no X. Os serviços não-essenciais foram suspensos e as atividades recreativas e culturais, canceladas.
Os responsáveis não sabem quando é que a energia será restabelecida. O apagão dá-se quando a ilha tem sido afetada por falta de comida, combustível, água e medicamentos. Todo o comércio em Havana fechou, apesar de alguns estabelecimentos terem geradores.
"Fomos a um restaurante e não tinham comida porque não havia eletricidade, agora também estamos sem Internet", relatou Carlos Roberto Júlio, um turista brasileiro, à Reuters. "Em dois dias, já tivemos vários problemas."
Ontem, o primeiro-ministro Manuel Marrero disse que os apagões se deviam à deterioração de infraestruturas, falta de combustível e procura crescente de eletricidade. "A falta de combustível é o maior fator", assumiu, tendo ainda dito que os negócios privados na ilha vão ser alvo de maiores impostos. O furacão Milton passou pela ilha e afetou o fornecimento de combustível às centrais termoelétricas a partir das embarcações. Além disso, recorda a Reuters, a Venezuela, México e Rússia reduziram a quantidade de combustível enviado a Cuba.
As duas maiores centrais termoelétricas, a Felton e a Antonio Guiteras estão a produzir menos energia que a necessária. Precisam de manutenção imediata e já foram alvo de um plano a quatro anos de revitalização de infraestruturas, mas os governantes atribuem às sanções a falta de peças para reparação.
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