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Corina Machado já foi libertada

Diogo Barreto
Diogo Barreto 09 de janeiro de 2025 às 21:52
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Corina Machado surgiu num protesto em Caracas tendo reclamado a vitória do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, nas eleições do ano passado.

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi detida esta quinta-feira quando participava numa marcha anti-Maduro em Caracas, na Venezuela. Foi libertada após uma breve detenção.

REUTERS/Maxwell Briceno

"Demorámos algum tempo a compreender a gravidade da situação. Os factos: À saída do comício em Chacao, Caracas, Maria Corina foi intercetada e derrubada da motorizada em que seguia. No incidente, foram disparadas armas de fogo. Foi levada à força. Durante o período do seu rapto, foi obrigada a gravar vários vídeos, tendo sido posteriormente libertada" anunciou Magalli Meda, do partido Vente Venezuela (VV), na rede social X.

Durante a detenção, Edmundo González, aliado de Corina Machado, exigiu a sua libertação: "Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com o fogo", escreveu o candidato presidencial que reclama a vitória nas últimas eleições contra Nicolás Maduro.

Magalli Meda adianta que "nas próximas horas, ela própria [Maria Corina Machado] irá dirigir-se ao país para explicar o que aconteceu". "A propósito, como é que se pode falar de uma tomada de posse com este nível de violência", questiona a responsável do VV, na véspera da tomada de posse do Presidente Nicolás Maduro, cuja vitória eleitoral a oposição rejeita.

O anúncio da libertação foi feito já depois de vários países europeus (Espanha, Itália) e da região (Argentina, Panamá, entre outros), terem exigido a libertação de Machado.

Corina Machado não aparecia em público desde o final de agosto do ano passado. Esta quinta-feira surgiu num protesto em Caracas, na véspera da posse presidencial. Na manifestação, Corina Machado reclamou a vitória do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, nas eleições do ano passado.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi proclamado vencedor das presidenciais de 28 de julho, com 52% dos votos, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), considerado sob controlo do poder. Apesar dos pedidos da oposição, o CNE não divulgou as atas eleitorais das assembleias de voto, afirmando ter sido vítima de um ataque informático.

A oposição, que divulgou as atas eleitorais fornecidas pelos seus escrutinadores, garante que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, obteve mais de 67% dos votos.

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