Foi construída no tempo do imperador Augusto e sujeita a várias modificações. Ainda assim, evitou um dilúvio na cidade de Almonacid de la Cuba, num momento em que Espanha se encontra numa luta contra as cheias que assolam o país.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram como uma cidade espanhola conseguiu escapar a uma espécie de dilúvio - isto graças a uma barragem romana construída há 2 mil anos.
Imagens mostram fortes correntes de água a cair de uma encosta a poucos metros das casas, em Aragão. Apesar do trágico cenário, a verdade é que a barragem, mais popularmente conhecida como "La Cuba" conseguiu evitar um dilúvio na cidade de Almonacid de la Cuba.
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? DEVIDO AO AUMENTO GIGANTESCO DA PRECIPITAÇÃO NA ESPANHA, COMPORTAS DA REPRESA ALMONACID DE LA CUBA SÃO ABERTAS ?
Para aliviar a pressão causada pelas chuvas intensas, as comportas da represa Almonacid de la Cuba foram abertas. Um detalhe histórico curioso é que essa represa… pic.twitter.com/Gjkomt6REo
"A barragem evitou as inundações. Estamos gratos ao seu sistema", apontou ao jornal Heraldo o presidente da Câmara de Almonacid de la Cuba, José Enrique Martínez.
Com 34 metros de altitude, a barragem "La Cuba" é a mais alta das barragens romanas ainda existentes no mundo e uma das suas mais importantes obras hidráulicas. Foi construída na segunda metade do século I, quando o imperador ainda era Augusto, e já foi sujeita a inúmeras modificações.
Apesar da forte força da água, esta foi caindo de forma controlada e a cidade de Almonacid de la Cuba não registou quaisquer danos ou feridos. A população encontra-se assim protegida das inundações que se têm verificado um pouco por toda a Espanha, nomeadamente nos arredores de Valência, onde só este domingo foram registados 210 mortos.
As imagens surgem agora num momento em que a depressão DANA já causou pelo menos 214 vítimas mortais e cerca de 2 mil desaparecidos, segundo a imprensa espanhola. Acredita-se que o número de mortos não ficará por aqui e continuará a aumentar, ainda para mais quando Valência está este domingo sob alerta vermelho, devido à possibilidade de fortes chuvas.
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".