NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
Ataques de hackers, que afetaram o site oficial do filho de Jair Bolsonaro, manifestações e revoltas nas redes sociais. Mulheres brasileiras contestam o projeto de lei.
No sábado (15), um projeto de lei, que equipara o aborto após 22 semanas de gravidez a homicídios e que estabelece penas de seis a 20 anos de prisão, avançou no Congresso conservador do Brasil. Contudo, a medida não foi bem aceite pela maioria da população, e até mesmo por políticos.
A carregar o vídeo ...
Este fim de semana, milhares de mulheres protestaram contra o projeto de lei. Com cartazes onde se lia: "nem presa nem morta", pessoas de todas as idades, incluindo crianças e reformados, encheram as ruas e desceram a Avenida Paulista de São Paulo, enquanto gritavam: "uma criança não é mãe, um violador não é pai".
A legislação foi criticada principalmente por grupos feministas, ao argumentar que as mudanças teriam um grande impacto nas crianças vítimas de abuso por parte de familiares. Os protestos começaram na passada quinta-feira, nas maiores cidades do Brasil, e perduraram até sábado.
Mas as manifestações não se ficaram por aqui. Houve quem tivesse aproveitado a ocasião para realizar ataques cibercriminosos aossitesdos deputados que se revelam a favor deste projeto de lei.
"Em apoio aos #AtosContraPL1904 estamos trabalhando para deixar semsiteos deputados que disseram sim ao PL. Até ao momento mais de 10sitesjá foram derrubados e a lista só vai aumentar", escreveu um utilizador no X.
Aconteceu, por exemplo, com o filho do antigo presidente brasileiro, Eduardo Bolsonaro, que foi vítima de um ataque cibercriminoso. Os deputados Bia Kicis, Júlia Zanatta, Greyce Elias, Alexandre Ramagem e Paulo Bilynskyj também ficaram com as suas páginas oficiais em baixo.
Nas redes sociais, as hastags #PLdoEstuproNão e #CriançãoNãoÉMãe estiveram entre os assuntos mais falados no X. As publicações com as hastags incluíam ainda fotografias do autor do projeto de lei, Sostenes Cavalcante, e de outros 32 congressistas, também autores do projeto de lei.
"São eles que querem que nós e nossas crianças sejamos criminalizadas ao abortar em casos de violência sexual. São eles que votam favoráveis a estrupadores e pedófilos", escreveu um utilizador no X.
Essa é a BANCADA DO ESTUPRO! São eles que querem que nós e nossas crianças sejamos criminalizadas ao abortar em casos de violência sexual! São eles que votam favoráveis a estupradores e pedófilos!
Na passada quinta-feira a hastag #CriançaNãoÉMãe chegou a ter mais de 200 mil menções e na manhã de sexta-feira o termo ainda estava entre os sete mais mencionados. Já a hastag #PL1904Não teve mais de 72 mil menções, de acordo com oBahia Notícias.
O assunto também não passou ao lado dos políticos, incluindo do presidente brasileiro Lula da Silva, que considerou no sábado o projeto de lei uma "insanidade".
"Acho que é insanidade alguém querer punir uma mulher numa pena maior que o criminoso que fez o estupro. É, no mínimo, uma insanidade", disse em entrevista a jornalistas. "Quando alguém apresenta uma proposta que a vítima tem que ser punida com mais rigor do que o estuprador, sinceramente, não é sério."
Confrontado com as críticas de que as vítimas de violação que procuram abortar poderiam enfrentar penas piores do que os violadores, Sostenes Cavalcante, disse que irá impor penas mais duras para a violação. Atualmente as penas máximas podem ir até 10 anos de prisão.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.