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China aponta para imensa procura do mercado dos EUA após trégua de 90 dias

Lusa 28 de maio de 2025 às 09:53
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Na semana passada, portais como o Vizion, especializado no acompanhamento do tráfego mundial de mercadorias, referiram que as reservas de contentores para enviar da China para os EUA aumentaram 277%, após o anúncio das tréguas.

A China destacou esta quarta-feira o aumento do envio de contentores para os Estados Unidos, desde que os dois países acordaram uma trégua comercial de 90 dias, o que demonstra "imensa procura" e que os laços económicos "beneficiam ambos".

AP Photo/Matt Rourke

"Isto mostra que a cooperação entre as duas maiores economias do mundo trouxe benefícios tangíveis para as empresas e os consumidores dos dois países", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, em conferência de imprensa.

Mao acrescentou que, na sequência do acordo alcançado na Suíça para baixar as taxas alfandegárias durante três meses - os EUA de 145% para 30% e a China de 125% para 10% -, "as encomendas dos Estados Unidos aumentaram", demonstrando "enorme procura".

"O protecionismo não leva a lado nenhum", disse Mão. Pequim "dá as boas-vindas aos EUA e a outros países para cooperarem e fazerem negócios" na China, apontou.

Na semana passada, portais como o Vizion, especializado no acompanhamento do tráfego mundial de mercadorias, referiram que as reservas de contentores para enviar da China para os EUA aumentaram 277%, após o anúncio das tréguas.

Também os empresários do país asiático assinalaram que existe "um problema de saturação" no transporte de contentores, porque todas as empresas estão a tentar enviar os seus produtos dentro do período de 90 dias, após meses de guerra comercial entre os dois países.

A trégua reduziu as taxas em 115%, o que, segundo portais especializados como o Zhitong Finance, fez com que as empresas "corressem contra o relógio para enviar as suas mercadorias" para os EUA, aproveitando a abertura.

A suspensão das taxas termina a 10 de agosto e alguns analistas estão otimistas quanto à possibilidade de um acordo comercial mais duradouro ajudar a reduzir o risco de perturbações na cadeia de abastecimento antes das férias do fim do ano.

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