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Candidata a dirigir CIA vai prometer não relançar programas de tortura

09 de maio de 2018 às 07:59
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Gina Haspel, escolha controversa para liderar a agência de serviços secretos norte-americana, dirigiu uma prisão secreta da CIA na Tailândia, onde os prisioneiros suspeitos de pertencer à Al-Qaida eram frequentemente torturados.

A candidata escolhida pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para dirigir a Agência Central de Informações (CIA), vai prometer que impedirá a retomada de programas de tortura, na sessão de confirmação no Senado, segundo um excerto da sua declaração.

Gina Haspel, uma escolha controversa para liderar a agência de serviços secretos norte-americana, dirigiu pelo menos durante uma parte do ano de 2002 uma prisão secreta da CIA na Tailândia, onde os prisioneiros suspeitos de pertencer à Al-Qaida eram frequentemente torturados.

"Tendo servido durante esse período tumultuoso, posso assegurar-vos o meu empenho pessoal e sem reservas e que, sob a minha direcção, a CIA não retomará tais programas de interrogatório e encarceramento", precisa Gina Haspel no documento que hoje lerá perante os senadores, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

"Entendo que muitas pessoas, por todo o país, querem saber quais são as minhas posições sobre o antigo programa de detenção e de interrogatório da CIA", tenciona ainda dizer Haspel na comissão senatorial de Serviços Secretos.

De 61 anos, 33 dos quais passados na agência com sede em Langley, no estado da Virgínia, Gina Haspel beneficia do total apoio de Donald Trump.

"A minha muito respeitada candidata para dirigir a CIA é louvável, porque é e será sempre DURA CONTRA O TERRORISMO!", escreveu o Presidente na terça-feira na rede social Twitter.

A audição de confirmação para assumir a direção da CIA será de algum risco para Gina Haspel, já que os republicanos apenas dispõem de uma curta maioria no Senado (51 contra 49).

Uma eventual perda de votos no campo governamental poderá, portanto, custar-lhe a confirmação.

Segundo a imprensa norte-americana, tal hipótese causou já uma mini-crise, quando a candidata propôs, na sexta-feira passada, desistir do cargo, antes de ser persuadida pelos conselheiros da Casa Branca a continuar.

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