Posição surge quando a UE está a começar a preparar medidas, como a criação um muro contra drones, no flanco leste europeu para impedir incursões russas.
A presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Nadia Calviño, manifestou hoje disponibilidade ao presidente do Conselho Europeu, António Costa, para apoiar o financiamento de infraestruturas contra drones na União Europeia (UE), perante o aumento das ameaças híbridas.
Numa altura em que a Rússia faz incursões no espaço aéreo da UE com drones (aeronaves controladas remotamente) e quando os líderes europeus discutem iniciativas para o combater, Nadia Calviño revela numa carta a António Costa que o BEI está a “trabalhar na identificação de ações específicas” para, entre outras prioridades, “apoio urgente a iniciativas de proteção das populações, das cidades e infraestruturas críticas contra drones inimigos” e “construção e reforço das infraestruturas críticas do flanco leste”.
Na missiva esta quinta-feira enviada, e à qual a agência Lusa teve acesso, a responsável diz que dará “especial atenção ao flanco oriental da União e às tecnologias anti-drone, bem como à mobilidade militar e à proteção de infraestruturas críticas”.
A posição surge quando a UE está a começar a preparar medidas como a criação um 'muro contra drones' no flanco leste europeu para impedir incursões russas.
Em causa está um sistema de defesa aérea para detetar e reagir à entrada irregular destas aeronaves pilotadas remotamente, que arranca no flanco leste europeu por ter sido o mais afetado até ao momento por estar mais próximo da Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
Este sistema pode ser alargado ao resto do espaço comunitário.
Os países da UE estão a avaliar as suas capacidades de deteção pois até agora os sistemas de defesa aérea estavam direcionados para detetar caças e mísseis e têm de ser equipados com radares, lasers ou sensores acústicos para conseguir identificar drones.
Este tema está na agenda dos líderes da UE na reunião de 23 e 24 de outubro, devendo ser dada ‘luz verde’ à criação deste novo sistema de defesa área.
Na carta enviada a António Costa, Nadia Calviño aponta que o grupo BEI tem vindo, neste ano de 2025, a “intensificar significativamente, simplificar e acelerar as suas capacidades de segurança e defesa”.
“Há um sólido horizonte de projetos emblemáticos e nós estamos no caminho certo para cumprir o nosso compromisso de destinar 3,5% do financiamento total a esta prioridade”, realçou.
O BEI planeia destinar 3,5% do seu volume total de financiamento para o setor da defesa este ano, o que equivale a cerca de 3,5 mil milhões de euros.
Depois de esta meta ter sido revista em alta em junho para tal verba, Nadia Calviño garante a António Costa que o BEI está “no caminho certo para alcançá-la”.
De momento, “já foram assinados novos projetos que totalizam mais de 2,5 mil milhões de euros, e há um horizonte de mais de 30 operações emblemáticas atualmente em fase de aprovação”, adiantou na missiva a que a Lusa teve acesso, falando num “tempo médio de seis meses entre a avaliação inicial do projeto e a assinatura”.
A responsável pede aos líderes da UE (juntos na instituição a que António Costa preside, o Conselho Europeu) uma ampliação adicional do financiamento para assistência técnica por parte da Comissão, orçamentos substanciais nos próximos anos para manter o ritmo atual de implementação, previsibilidade e simplificação administrativa.
O BEI é a instituição financeira da UE que apoia projetos alinhados com as prioridades europeias.
A UE prevê a alocação de 800 mil milhões de euros ao setor da defesa nos próximos anos e a construção de uma nova estratégia para prontidão militar em 2030.
“À medida que a Comissão Europeia avança com o seu roteiro para a prontidão de defesa, estamos prontos para contribuir com a nossa experiência e recursos para garantir a sua implementação bem-sucedida”, adianta Nadia Calviño.
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