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Ativistas pró-Palestina invadiram base militar no Reino Unido e danificaram aviões

Luana Augusto
Luana Augusto 20 de junho de 2025 às 11:30
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Grupo disse ter como objetivo interromper "a participação direta da Grã-Bretanha na prática de genocídios em todo o Médio Oriente".

Um grupo de ativistas britânico pró-Palestina disse esta sexta-feira (20) ter invadido uma base militar da Força Aérea Real, no centro de Inglaterra, e danificado duas aeronaves militares. "Ao colocar os aviões fora de serviço, os ativistas interromperam a participação direta da Grã-Bretanha na prática de genocídios e crimes de guerra em todo o Médio Oriente", lê-se numa notapublicada no sitedo Palestine Action.

Jacob King/PA via AP

O momento foi captado através de um vídeo, publicado nas redes sociais do grupo Palestine Action. No mesmo, é possível ver "dois" ativistas a invadir a base da força aérea britânica com scooters e a pintar dois Voyagers com tinta vermelha - que representa o "derramento de sangue palestiniano".

Para isso, foram usados "extintores reaproveitados para pulverizar tinta vermelha nos motores de turbina de dois Airbus Voyagers", além de "pés de cabra". A mesma tinta foi também "pulverizada na pista" onde foi deixada uma bandeira da Palestina. A ação decorreu sem qualquer detenção, avança o grupo.

Segundo o Palestine Action, esta base é "usada para operações militares em Gaza e em todo o mundo", nomeadamente para "o transporte de carga militar do Reino Unido e dos Estados Unidos para o exército israelita", além de ser utilizada também para "reabastecer aeronaves militares e caças israelitas, americanos e britânicos". Anteriormente, os Voyagers eram usados para "reabastecer aeronaves Typhoon e aviões americanos em bombardeamentos contra o Iémen".

Além disso, é também daqui que partem diariamente vários voos com destino a Akrotiri, Chipre. "Israel já massacrou dezenas de milhares de pessoas em Gaza e a base de Akrotiri tem sido utilizada para recolher até 1.000 horas de imagens de reconhecimento sobre a Faixa de Gaza, em auxílio a Israel."

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, entretanto já condenou este "ato de vandalismo" e classificou-o como "vergonhoso".

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