Estado Islâmico (EI) causou hoje pelo menos 14 mortos, entre civis e forças militares iraquianas, em dois ataques lançados na cidade de Mossul
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) causou hoje pelo menos 14 mortos, entre civis e forças militares iraquianas, em dois ataques lançados na cidade de Mossul, no norte do Iraque.
Pelo menos cinco combatentes das Forças de Defesa de Nínive, uma milícia iraquiana que participa na ofensiva do exército iraquiano contra o EI, morreram enquanto tentavam recuperar a Academia de Polícia, localizada na zona norte da cidade.
A ofensiva governamental, que tinha sido suspensa devido às más condições climatéricas, foi relançada hoje em Mossul, onde os combates decorreram durante todo o dia.
O Comando das Operações para a Libertação da província de Nínive, cuja capital é Mossul, informou que quatro brigadas do exército iraquiano, acompanhadas pelos milicianos, conseguiram recuperar o bairro de Al Zaitun às primeiras horas do dia.
Não obstante, o EI ofereceu resistência e obrigou os soldados a recuar durante algumas horas, causando pelo menos cinco baixas entre os militares, que acabaram mesmo por recuperar o controlo da Academia de Polícia local já ao final do dia.
Noutras zonas da cidade de Mossul, os 'jihadistas' reagiram e lançaram ataques com morteiros contra os bairros de Al Zuhur (que está sob controlo governamental) e Al Qudis, que tinha sido recuperado pelas forças iraquianas em Novembro mas que voltou a cair sob o comando do EI.
As forças iraquianas tiveram que se retirar de Al Qudis, devido às constantes ofensivas do EI nessa zona da cidade.
Nestes ataques morreram, pelo menos, nove civis, e outras 17 pessoas ficaram feridas, segundo fontes do Governo de Nínive, citadas pela agência espanhola de notícias EFE.
O cerco que os terroristas mantêm a este bairro impediu que as equipas de resgate pudessem entrar na zona para evacuar os feridos, revelou à EFE Husamaldín al Abar, membro do Conselho da província de Nínive.
Al Abar denunciou que "o grupo terrorista [EI] tem como objectivo atacar os civis dos bairros libertados, como castigo por apoiarem as forças iraquianas".
O EI conquistou Mossul e amplas partes da província de Nínive em 2014, convertendo a cidade como o seu principal bastião no território iraquiano, onde ainda controla alguns bairros na zona oriental e oeste, onde se encontra o aeroporto, um dos pontos estratégicos da cidade e que o exército iraquiano já tentou recuperar, sem êxito.
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