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Ataque ao Capitólio: líder dos Proud Boys condenado a 17 anos

Márcia Sobral
Márcia Sobral 01 de setembro de 2023 às 12:52
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Ex-militar pediu clemência, disse estar arrependido e ainda chorou quando foi ouvido em tribunal.

O líder do grupo de extrema-direita Proud Boys foi condenado a 17 anos de prisão pelos distúrbios causados no Capitólio. O tribunal considerou, na quinta-feira, que Joe Biggs foi o impulsionador do ataque ao Congresso norte-americano, recebendo assim a maior pena já aplicada neste processo.

REUTERS/Jim Urquhart

O ex-veterano do exército foi condenado por conspiração, intimidação, ameaças, interferência na aplicação da lei e desordem civil. Ainda assim, de acordo com aBBC, há quem considere que o juiz Timothy Kelly foi brando uma vez que o Ministério Público pedia inicialmente 33 anos de pena.

Antes de ouvir a sentença, Joe Biggs pediu clemência, disse estar arrependido e ainda chorou. Alegou que tinha sido a multidão presente no motim que o "seduziu", que foi a "curiosidade" que falou mais alto, mas garante que não é "um terrorista" e que "não tem ódio no coração".

Mas os argumentos parecem não ter sido suficientes, uma vez que para a justiça ficou provado que o homem "utilizou a sua experiência militar para liderar e controlar grandes grupos de homens no sentido de iniciar uma revolta contra o governo". 

Zachary Rehl, outro dos membros do grupo, foi igualmente condenado a 15 anos de prisão. Como prova, o tribunal considerou um vídeo em que o ex-fuzileiro é visto a atirar gás pimenta contra polícias durante o motim.

Para chegar às condenações, o tribunal escudou-se em centenas de vídeos, imagens, publicações nas redes sociais e mensagens que provam que o grupo Proud Boys tinha intenção de impedir que os resultados das eleições de 2020 fossem confirmados no Capitólio.

Até agosto deste ano mais de uma centena de pessoas já tinha sido condenada neste processo e havia perto de 630 confissões e mais de mil detidos. A um ano das presidenciais, os advogados que seguem de perto o caso defendem que estas condenações passam uma "mensagem clara" para todos aqueles que pensem repetir o ato.

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