Sábado – Pense por si

As três condições de Putin para acabar com a guerra, segundo a Reuters

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 21 de agosto de 2025 às 18:29
Capa da Sábado Edição 30 de setembro a 6 de outubro
Leia a revista
Em versão ePaper
Ler agora
Edição de 30 de setembro a 6 de outubro
As mais lidas

Putin deixou cair as exigências territoriais que apresentou em junho de 2024, que exigiam que Kiev abdicasse do Donetsk, Lugansk, e também de Kherson e Zaporíjia.

O presidente russo já decidiu quais são as suas exigências para terminar o conflito na Ucrânia. Tendo em conta o que três fontes próximas do Kremlin avançaram à Reuters, Vladimir Putin quer que a Ucrânia renuncie a toda a região oriental do Donbass, que a Ucrânia renuncie às ambições de aderir à NATO e que permaneça neutra e mantenha as tropas ocidentais fora do país. 

Putin apresenta condições para acabar com a guerra na Ucrânia
Putin apresenta condições para acabar com a guerra na Ucrânia Ramil Sitdikov/Sputnik/Kremlin Pool Photo via AP

“Putin está pronto para a paz e para o compromisso. Essa é a mensagem que foi transmitida a Trump”, garantiu uma das fontes que alertou ainda não saber se a Ucrânia está disposta a ceder o Donbass, mas garantiu que caso isso não aconteça a guerra vai continuar. 

Estas informações surgem quase uma semana depois de Putin se ter encontrado com Donald Trump no Alasca, numa cimeira que durou cerca de três horas. Na conferência de imprensa que seguiu o encontro, o líder russo afirmou que a reunião teria aberto um caminho para alcançar a paz na Ucrânia.  

Ao que parece Putin deixou cair as exigências territoriais que apresentou em junho de 2024, que exigiam que Kiev abdicasse de  Donetsk e Lugansk (que compõem o Donbass), Kherson e Zaporíjia.  

Esta quinta-feira, Zelensky deixou claro: “Se estamos a falar de simplesmente nos retirarmos do leste, isso não podemos fazer. É uma questão se sobrevivência do nosso país, envolvendo as linhas defensivas mais fortes”.

As prioridades de Kiev continuam a ser a adesão à NATO, já prevista na constituição, o que contraria as condições de Putin. O presidente da Ucrânia já reforçou várias vezes que a entrada na NATO é uma decisão que cabe exclusivamente aos ucranianos e não à Rússia.

Artigos Relacionados