Sábado – Pense por si

Armin Laschet, um trapalhão resiliente

Tiago Carrasco 27 de setembro de 2021 às 10:16

Gaffes do líder da CDU arruinaram-lhe o favoritismo nestas eleições, apesar da sua tendência para as ganhar mesmo quando é desvalorizado.

Na Alemanha, liderar a CDU é quase como treinar o Bayern de Munique: improvável é perder. Os conservadores governaram a Alemanha em 51 dos últimos 71 anos e têm uma base sólida de cerca de 28% do eleitorado. Não obstante, uma gargalhada infeliz arruinou o favoritismo de Armin Laschet à vitória: foi no passado 17 de Julho, durante o funeral das vítimas das cheias que assolaram o oeste da Alemanha, quando o candidato da CDU e primeiro-ministro da Renânia do Norte – Vestfália, uma das regiões devastadas pelo dilúvio, não conteve o riso num momento de enorme pesar. Se a sua popularidade já não era invejável, desde então foi sempre a descer até obter o pior resultado dos conservadores no pós-guerra.

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