A atiradora ficou em liberdade. Para sair da prisão, Marshae Jones terá que pagar 44 mil euros.
No estado do Alabama, EUA, uma mulher foi acusada de homicídio involuntário por ter perdido o seu bebé depois de ser alvejada na barriga. As balas disparadas por uma mulher, que ficou em liberdade, atingiram e mataram o feto de cinco meses.
O crime ocorreu em dezembro. Marshae Jones, de 27 anos, foi alvejada perto de uma loja em Birmingham. Agora, um júri acusou-a e fez com que ela ficasse na prisão de Jefferson, sob o pagamento de uma caução de 50 mil dólares (44 mil euros).
Segundo o sargento Danny Reid, "a investigação [policial] revelou que a única vítima verdadeira nisto foi o bebé. Foi a mãe do bebé que iniciou e continuou a discussão que resultou na morte do seu próprio filho ainda por nascer".
Já outros grupos, a favor do aborto, indicam que o caso de Jones demonstra como as leis anti-aborto estão a ser usadas contra mulheres grávidas. Em maio, a governadora Kay Ivey assinou uma lei que impede o aborto em quase todas as circunstâncias, incluindo violação e incesto.
No estado, é reconhecido o homicídio de fetos, que os reconhece como uma vítima potencial. Ao mesmo tempo, às pessoas é permitido que usem força física para se defenderem, se tiverem razão para isso, frisa o jornal The Guardian.
O caso também suscitou reações nas redes sociais a apoiar Jones. "Marshae Jones foi indiciada por homicídio involuntário por ter sofrido um aborto depois de ser alvejada CINCO vezes no abdómen. A atiradora continua em liberdade. Vamos tirar Marshae da prisão e ajudá-la com a representação legal", escreveu no Twitter um membro do grupo Yellowhammer Fund, a favor do aborto.
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O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.