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Agências de 20 países querem criar Observatório Espacial do Clima

12 de dezembro de 2017 às 08:10
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As agências espaciais de 20 países propuseram a criação de um Observatório Espacial do Clima, para mutualizar a informação climática obtida a partir do espaço.

As agências espaciais de 20 países propuseram a criação de um Observatório Espacial do Clima, para mutualizar a informação climática obtida a partir do espaço, em declaração adotada na noite de segunda-feira, em Paris. China, Japão, Índia, Europa, Reino Unido, Alemanha, Itália, Suíça, Áustria, Suécia, Noruega, Roménia, Israel, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos adotaram esta "Declaração de Paris", redigida sob o impulso francês.

A agência dos EUA para os oceanos e a atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) não esteve presente na reunião, que decorreu na sede do Centro nacional de Estudos Espaciais (CNES, na sigla em francês), a propósito da cimeira sobre o clima que o Presidente francês, Emmanuel Macron, organiza terça-feira. A agência espacial russa também esteve ausente.

No encontro, promovido pelo Presidente francês e destinado a impulsionar o Acordo de Paris sobre o clima (assinado há dois anos e ao qual Donald Trump renunciou) vai estar também o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, que encerra a iniciativa.

Segundo a presidência francesa, vão estar na cimeira mais de dois mil "atores chave", do setor público e privado, desde os chefes de governo de Espanha, México ou Reino Unido, ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do ator Leonardo DiCaprio ou ao multimilionário Bill Gates.

Na chamada "One Planet Summit" os Estados Unidos estão representados pelo encarregado de negócios da embaixada em Paris, por decisão da Casa Branca, segundo a presidência francesa. O objetivo é, segundo o Palácio do Eliseu, impulsionar os "atores envolvidos" e os projetos ligados à luta contra as alterações climáticas "de uma forma muito concreta".

A cimeira foi anunciada em julho pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, como uma forma de retomar a questão da luta contra as alterações climáticas e a redução da emissão dos gases com efeito de estufa, após a decisão (em junho) dos Estados Unidos de saírem do Acordo de Paris.

Concluído em 12 de dezembro de 2015 durante a conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP21) em Paris, assinado por quase todos os países do mundo, o Acordo de Paris entrou em vigor a 4 de novembro de 2016. Visa limitar a subida da temperatura mundial reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.