A invasão do Ministério do Petróleo e o bloqueio de um importante eixo rodoviário em Oslo foram as primeiras ações de protesto anunciadas pelo movimento ecologista.
A invasão do Ministério do Petróleo e o bloqueio de um importante eixo rodoviário em Oslo foram as primeiras ações de protesto anunciadas pelo movimento ecologista Extinction Rebellion contra a política petrolífera da Noruega que causaram esta segunda-feira 29 detenções.
REUTERS/Nerijus Adomaitis TEMPLATE OUT
Disfarçados de ursos polares ou de assustadores monstros negros, dezenas de ativistas bloquearam a entrada do Ministério do Petróleo e da Energia, atrás de uma faixa em que se lia "Proíbam o petróleo, a vida primeiro que o lucro", e alguns entraram mesmo no edifício.
Paralelamente, outros ativistas cortaram a circulação num importante cruzamento da capital norueguesa.
Invocando a emergência climática, o movimento Extinction Rebellion (Rebelião contra a Extinção) exige o fim da extração petrolífera e o desmantelamento progressivo da produção de petróleo no país escandinavo, o maior exportador de hidrocarbonetos da Europa ocidental.
Ações de desobediência civil estão anunciadas para toda a semana em Oslo e outras começaram também esta segunda-feira, por 15 dias, em Londres, onde milhares de ativistas se concentraram na Trafalgar Square.
A polícia norueguesa anunciou 29 detenções de ativistas que se recusaram a sair das vias públicas.
"Vamos ficar aqui enquanto as nossas exigências não forem satisfeitas", garantiu por telefone à agência AFP Jenny Jaeger, ativista de 21 anos, ocupante do átrio do Ministério do Petróleo, onde se preparava para passar a noite.
Num relatório divulgado a 09 de agosto, os especialistas da ONU sobre o clima decretaram um "alerta vermelho para a humanidade", revelando-se o aquecimento global mais grave e mais rápido do que até agora se previa.
Apesar de o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ter afirmado que este relatório "faz soar o alarme" das energias fósseis, a Noruega continua a atribuir licenças de exploração petrolífera nas suas águas territoriais.
"Forneceremos energia ao mundo enquanto existir procura. O Governo manterá, portanto, uma política petrolífera que facilite uma produção rentável de petróleo e de gás, no âmbito da política climática norueguesa", assegurou em junho a ministra do Petróleo, Tina Bru.
O futuro do petróleo está no centro da campanha para as eleições legislativas de 13 de setembro na Noruega, onde alguns — pequenos — partidos exigem igualmente o fim da exploração petrolífera.
Ações de protesto pelo clima levam a 29 detenções na Noruega
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