Isto significa que os operadores financeiros e não financeiros europeus serão agora “obrigados a aplicar uma vigilância reforçada nas transações que envolvam estas jurisdições”.
A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira adicionar a Rússia à lista de jurisdições de alto risco para reforçar o combate internacional ao crime financeiro, visando que os operadores europeus apliquem controlos mais rigorosos ao lidar com entidades russas.
Comissão Europeia jan kranendonk/Getty Images/iStockphoto
Numa informação divulgada em Bruxelas, o executivo comunitário explica ter “incluído a Rússia como um país de alto risco, com deficiências estratégicas nos seus regimes de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo”.
Depois de a União Europeia (UE) se ter comprometido a concluir, até final deste ano, uma revisão dos países terceiros de alto risco para o crime financeiro, “a Comissão realizou uma avaliação técnica, utilizando metodologias bem definidas e integrando informações recolhidas em fontes públicas, autoridades competentes dos Estados-membros e o Serviço Europeu para a Ação Externa”, tendo verificado que “a Rússia cumpre os critérios para ser designada” como tal.
“A Comissão está, portanto, a agir para preservar a integridade do sistema financeiro da UE, adicionando a Rússia à sua lista de jurisdições de alto risco que apresentam deficiências estratégicas nos seus regimes nacionais”, explica Bruxelas.
Na prática, isto significa que os operadores financeiros e não financeiros europeus serão agora “obrigados a aplicar uma vigilância reforçada nas transações que envolvam estas jurisdições”, adianta.
O regulamento delegado entrará em vigor após o escrutínio e ausência de objeções por parte do Parlamento Europeu e do Conselho, num período de um mês.
Citada em comunicado, a comissária europeia para os Serviços Financeiros e para a União das Poupanças e dos Investimentos, a portuguesa Maria Luís Albuquerque, destaca que a inclusão de Moscovo “demonstra a firme determinação em salvaguardar a integridade do sistema financeiro da UE”.
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Resta saber se a Europa será capaz de unir forças para enfrentar a vacância americana e a ameaça russa. Ou se, pelo contrário, repetirá o erro fatal de 1914, multiplicando também as suas próprias “esferas de influência”.
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