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Rússia alega que Kiev está a tentar adquirir armas nucleares

Leonor Riso 01 de março de 2022 às 11:04

Ministro dos Negócios Estrangeiros participou em reunião em Genebra com discurso gravado que acabou boicotado por vários diplomatas.

Esta terça-feira foi marcada pelas declarações de vários membros do governo russo sobre a guerra na Ucrânia. Sergei Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros, exigiu que o Ocidente não construa infraestruturas militares em quaisquer países que tenham pertencido à União Soviética. O ministro russo também frisou que Moscovo considera inaceitável que alguns países europeus tenham armas nucleares dos Estados Unidos.

REUTERS

Numa reunião em Genebra, Lavrov disse que Kiev está a tentar adquirir armas nucleares. "A Ucrânia ainda tem tecnologias soviéticas e os meios de entrega destas armas", afirmou Lavrov perante a Conferência para o Desarmamento, num discurso pré-gravado. "Não podemos falhar na resposta a este perigo."

Além disso, acusou a União Europeia de se envolver num "frenesim russofóbico" ao entregar armas letais à Ucrânia. 

Quando o ministro russo começou a falar, vários diplomatas, incluindo representantes de França e do Reino Unido, saíram da sala em protesto contra a invasão russa da Ucrânia. Mantiveram-se em círculo fora da sala onde era emitido o discurso, com uma bandeira ucraniana. Era suposto Lavrov deslocar-se a Genebra mas cancelou, o que fez com a Rússia acusasse alguns países de bloquear o seu voo.

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Foto: Reuters
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Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, revelou que não há planos para conversações entre os presidentes da Ucrânia e da Rússia, apesar de as negociações entre os dois países terem começado. Não comentou os ataques russos a zonas onde vivem civis e disse que era falso que estivessem a ser usadas bombas de vácuo e de fragmentação.

Recusou avaliar a situação militar no que é o sexto dia da invasão russa à Ucrânia e adiantou ainda que as sanções do Ocidente nunca farão com que a Rússia mude a sua posição quanto à Ucrânia.


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O objetivo principal de Moscovo é proteger-se de ameaças criadas pelo Ocidente, e a Rússia não está a ocupar território ucraniano, alegou.

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