Israel tenta atacar túneis do Hamas em Gaza
Entradas podem estar escondidas dentro de casas, mesquitas ou escolas. Até ao momento pouco se sabe sobre as passagens subterrâneas que abrigam o grupo extremista.
Israel revelou na quinta-feira que está a atacar partes do labirinto de túneis, que foram construídos pelo Hamas, sob a Faixa de Gaza. Por enquanto ainda pouco se sabe sobre estas passagens subterrâneas, mas acredita-se que estejam localizadas 30 metros abaixo da superficie, e que a sua entrada seja realizada através de casas, mesquitas ou escolas, para permitir que o exército não detete a sua localização.
"Pense na Faixa de Gaza como uma camada para os civis e depois numa outra camada para o Hamas. Nós estamos a tentar chegar a essa segunda camada que o Hamas construiu", afirmou um porta-voz das Forças de Defesa de Israel, numvídeo publicado na rede social X (antigo Twitter). "Estesbunkersnão são para os civis de Gaza. São apenas para o Hamas e outros terroristas, para que possam continuar a disparar mísseis contra Israel, planear operações e lançar terroristas."
Ao canal britânico BBC, o diretor Colin Clarke, da empresa de inteligência e segurança Soufan Group, garantiu que a destruição dos túneis só seria possível através do lançamento de bombas que partissem de aviões de guerra, ou do envio de drones e veículos não tripulados, que possam mapear as passagens e identificar armadilhas.
Já a especialista em guerra subterrânea Daphné Richemond-Barak afirmou que não é realista tanto para as forças israelitas como para a população em geral acreditar numa possível destruição de todas as passagens secretas do Hamas.
Osbunkersterão começado a ser construidos na Faixa de Gaza, ainda antes de 2005, para que o grupo de extremistas pudesse invadir o território de Israel. Em 2021, as forças israelitas garantiram ter destruído mais de 100 quilometros, durante ataques aéreos, o que levou ao desabamento de três edificios. Na altura, o Hamas afirmou que apenas 5% das suas passagens tinham sido atingidas e que as mesmas se estendiam por 500 quilómetros.
Em quase uma semana de conflitos, já morreram mais de 1.500 palestinianos e mais de 1.300 israelitas. Existindo ainda mais de 150 reféns judeus nas mãos do Hamas.
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