NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
Queda de 37 pontos no rácio da dívida desde o primeiro trimestre de 2021 - em que foram atingidos os recordes de endividamento na zona euro - só foi superada pelas descidas de Chipre e da Grécia.
Corria o fim do primeiro trimestre de 2021 quando a dívida pública nos países da zona euro atingiu um pico histórico de 89,7% do PIB, empurrada pelo efeito económico brutal dos confinamentos contra a covid-19 – o recorde europeu continha um recorde em Portugal, cuja dívida saltou nessa altura para 137,5% do PIB. De lá para cá, a recuperação económica e a disciplina orçamental levaram 16 dos 19 países do euro a reduzirem o seu endividamento – e Portugal foi, a par da Irlanda, o terceiro cujas Administrações Públicas mais se desendividaram nos últimos três anos.
DR
Os dados do Eurostat publicados esta terça-feira, sobre o segundo trimestre deste ano, põem a dívida pública em 100,6% do PIB em junho, o que resulta numa diminuição de 36,9 pontos percentuais desde o recorde no primeiro trimestre de 2021. Uma redução mais forte no mesmo período só foi conseguida por Chipre (menos 47 pontos) e pela Grécia (menos 52,3 pontos). A diminuição média na zona euro foi de dez pontos percentuais.
A comparação ilustra a trajetória conservadora que as finanças públicas registaram nos últimos anos – desde 2015, o início da série compilada pelo gabinete estatístico europeu e o ano seguinte à saída do programa da troika, Portugal foi o quinto país que mais reduziu o seu endividamento público. A trajetória atravessa diferentes governos – um do PSD/CDS, três do PS e o início da AD.
Os dados divulgados hoje não incluem ainda a diminuição projetada pelo atual Governo da AD, que espera que o rácio da dívida passe de 97,9% este ano para 93,3% em 2025. O Governo liderado por Luís Montenegro abrandou o ritmo de consolidação – o ministro das Finanças afirmou na apresentação da proposta de Orçamento para 2025 que "o País não está em condições de ter excedentes orçamentais elevados", referindo as carências nos serviços públicos e a carga fiscal alta. Mas os excedentes mais pequenos, combinados com o aumento do aumento do PIB nominal (com o efeito da inflação), continuarão a reduzir o rácio da dívida.
Com o rácio em cima dos 100% do PIB, Portugal é, ainda assim, o quinto país da zona euro com o rácio de dívida mais alto, estando acima da média do euro (81,5%). Este peso significa que o objetivo de reduzir a dívida continuará a limitar a política pública – o ministro Joaquim Miranda Sarmento disse que quer ter o rácio perto de 80% no final da legislatura – e que a fatura com juros continua elevada. Os contribuintes pagarão mais 609 milhões de euros em 2025 do que este ano em juros da dívida, um aumento de 11% explicado pelo Ministério das Finanças com a subida das taxas de juro em 2022 pelo Banco Central Europeu.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.