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O que é feito dos gigantescos arquivos secretos do BES?

António José Vilela
António José Vilela 08 de abril de 2017 às 08:00

O banco prepara a destruição de 62 mil caixas de documentação, mas o procurador Rosário Teixeira quis ficar com mais de um terço

As investigações judiciais dos processos Monte Branco, Operação Marquês e BES/GES já reuniram um conjunto gigantesco de informação em papel e em formato digital. Uma das últimas discretas apreensões ocorreu no ano passado, em diversas fases, após um advogado mandatado pelo BES e pelo Novo Banco ter avisado por escrito o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de que existiam muitos milhares de documentos que se pretendia destruir devido aos custos de manutenção. Concretamente, 62 mil caixas guardadas num arquivo confidencial na Quinta da Marquesa IV, em Palmela, um dos locais onde estava instalada a então empresa de segurança do BES, a ESEGUR.

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