Pedido de extinção de processos criminais contra Salgado rejeitado pelo tribunal
Juízas argumentam que a sentença, que confirmou o estatuto de maior acompanhado, não justifica a extinção do procedimento criminal contra Salgado.
Juízas argumentam que a sentença, que confirmou o estatuto de maior acompanhado, não justifica a extinção do procedimento criminal contra Salgado.
Segundo o despacho judicial o tribunal entende que os relatórios médicos e perícias médico-legais a Ricardo Salgado que constam dos autos mostram que "num contexto de pressão emocional (como é o caso de um julgamento) é expectável um agravamento da sintomatologia associada à referida doença".
Ex-primeiro-ministro não esteve presente na sessão que estipulou a data para o arranque do julgamento.
A greve dos oficiais de justiça adiou a sessão do julgamento do Banco Espírito Santo em que Pedro Passos Coelho seria ouvido.
Bem-vindos às histórias dos inquilinos da Judiciária e do projeto Monsanto; às denúncias anónimas e à guerra com os diretores e à traição de Amadeu Guerra; às birras à porta, no carro e o passe social; aos telefonemas irados e às mensagens indiscretas e à ordem de despejo. E ainda ao novo mundo dos copos grandes e das sociedades pequenas; aos dias em que se arrastaram mobílias e à música de Vivaldi.
Este é o 3º Capítulo: tem o processo BES e a conta da mulher de Ricardo Salgado; o chefe de gabinete deselegante e os adjetivos da Operação Marquês; a amnistia do Papa e a suspensão de funções; os 4 mil despachos e aquilo que ficou para trás; o vogal implacável e o desprestígio da Justiça. E ainda o juiz queixinhas e a falta de senso; os agentes infiltrados em risco e as escutas ilegais; as queixas cruzadas e o inspetor que tudo arquivou.
Pedro Passos Coelho era chefe de Governo à data do colapso do BES/GES, no verão de 2014, e a sua inquirição tinha chegado a ser agendada para 30 de outubro passado.
Indignado com perguntas de assistentes e dos procuradores, Fernando Ulrich questionou muitas vezes o porquê de o tribunal "querer saber de um empréstimo de 100 milhões" e não de um buraco "de 20 mil milhões".
O empresário que morreu em 2018 acusou Ricardo Salgado de comprar Marcelo Rebelo de Sousa entregando trabalho jurídico do BES à antiga companheira do atual Presidente da República, Rita Amaral Cabral.
"O principal problema que existe no sistema bancário português é o Banco Espírito Santo", disse o presidente da comissão executiva do BPI ao ministro das Finanças em 2013. Ulrich é hoje ouvido no âmbito do julgamento do caso BES/GES.
Vai ser ouvido esta terça-feira o depoimento prestado pelo empresário antes de morrer. Denunciou uma alegada tentativa de comprar Marcelo Rebelo de Sousa e acusou Salgado de ser um homem sem escrúpulos.
Este regime aplica-se apenas a adultos, é sobretudo usado para efeitos cíveis e o substituto designado serve sobretudo para tomar decisões pela pessoa que se encontra diminuída relativamente a questões não judiciais. "É uma boa notícia", disse advogado.
O antigo administrador do BESI afirmou que Ricardo Salgado lhe ofereceu mais capital para o seu banco em troca de Ricciardi não levantar tantas ondas sobre a situação do BES.
O antigo presidente do BESI denunicou a atitude autoritária de Ricardo Salgado e diz que Carlos Costa "assobiou para o lado" quando foi informado do estado do BES.
No depoimento gravado em vídeo em 2015, António Ricciardi, que morreu em 2022, afirmou que o líder do grupo era o único que "sabia de tudo".
Depois de alguns contratempos na reprodução do depoimento do ex-banqueiro feito em 2015, ouviram-se os primeiros 40 minutos nos quais Salgado fala do GES e do seu colapso.