Dono da fabricante de aspiradores, de 78 anos, tem um património líquido avaliado em mais de 14 mil milhões de euros.
James Dyson está a reformular a forma como gere aquela que figura como uma das maiores fortunas do Reino Unido, simplificando o seu vasto império empresarial em três continentes, após novos líderes terem assumido o comando da sua "holding" familiar.
James Dyson prepara sucessão para gerir a sua fortuna no Reino Unido
A Weybourne, empresa de investimento da família Dyson, transferiu este ano fundos de pelo menos 624 milhões de libras (714 milhões de euros ao câmbio atual) de uma relevante entidade do Reino Unido para a sua "holding" em Singapura, reduzindo o capital social da unidade britânica para uma libra (1,14 euros) de acordo com uma análise dos registos feita pela Bloomberg.
A empresa também finalizou planos anteriores de fechar duas firmas do Reino Unidoque supervisionam os investimentos imobiliários e transferiu parte do capital social das mesmas para outra entidade em Singapura, onde a fabricante de aspiradores tem a sua sede global.
Entretanto, a Weybourne anunciou vagas de emprego nas últimas semanas para uma "nova equipa" na Cidade-Estado asiática para apoiar uma carteira de investimentos multi-ativos e reduziu a presença nos EUA, após gastar quase 200 milhões de dólares (170,4 milhões de euros) em imóveis em Nova Iorque.
Um representante de James Dyson, de 78 anos - a pessoa mais rica da Grã-Bretanha, com um património líquido de cerca 16,5 mil milhões de dólares (14,4 mil milhões de euros), segundo o Bloomberg Billionaire Index - recusou comentar.
As mudanças fazem provavelmente parte de um plano de sucessão plurianual, observou Martin Roll, estratega global de empresas familiares e consultor sénior da McKinsey & Co. Trata-se de um "planeamento a longo prazo", afirmou, em declarações à Bloomberg.
Segundo a agência de notícias financeiras, as medidas indicam que a nova liderança de Weybourne está a deixar a sua marca na fortuna de Dyson, tomando medidas para reduzir a complexidade de um império empresarial que se expandiu rapidamente nos últimos anos, após este retirar grandes somas da sua empresa de tecnologia homónima para diversificar os investimentos e a riqueza.
Martin Bowen, um veterano da área jurídica do Dyson Group Plc, tornou-se CEO da Weybourne em fevereiro, após a reforma do ex-oficial do exército James Bucknall, que ocupou o cargo durante mais de uma década.
A Weybourne promoveu também a gestora de fundos sénior Jane Simpson ao cargo de diretora de investimento para os seus ativos financeiros, com sede em Londres, no ano passado, quando o ex-executivo da BlackRock Alastair Peters, se tornou diretor financeiro, numa mudança não divulgada anteriormente.
A nova equipa da Weybourne em Singapura irá trabalhar com a unidade financeira liderada por Peters, que completa 43 anos este mês e faz parte de um grupo de executivos mais jovens na empresa de investimento familiar. Bowen, antigo diretor jurídico da empresa de tecnologia da Dyson, que cumpre este mês 57 anos, é dez anos mais novo do que o ex-CEO Bucknalls.
"As pessoas esquecem-se de que os 'family offices' são outro negócio familiar", apontou Christina Wing, cofundadora da Wingspan Legacy Partners, que presta assessoria a dinastias bilionárias. "Eles também precisam de mudar", concluiu.
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