Está por dias o fim dos 60 milhões que o Governo tem disponíveis para a segunda fase do E-Lar, mas a ministra da Energia garante que a terceira fase está a caminho. Os fundos já não vêm do PRR, mas continuam a vir de Bruxelas, ainda que possam ter de ser adiantados pelo Governo.
Maria da Graça Carvalho, ministra do AmbienteMiguel Baltazar
"Ainda há verba. O número de pedidos é muito grande, está quase no fim do que nós tínhamos previsto (...) Mas penso que ainda vamos ter a possibilidade, durante vários dias, de ter o E-Lar ainda aberto. A não ser que nestes dias haja muita gente a concorrer", diz Maria da Graça Carvalho, em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW.
A ministra do Ambiente e Energia indica que a média dos montantes está entre os 700 e 800 euros por candidatura, bem abaixo do permitido - 1.700 para famílias vulneráveis, 1.100 para a classe média. "Não está a chegar a 1.000 por cada candidatura. Isto significa que as pessoas estão a concorrer ou só com um eletrodoméstico ou com dois, quando poderiam concorrer com três", aponta.
Tendo em conta a popularidade do programa, o Governo garante a abertura de uma terceira fase em 2026 - a ideia é que seja com apoio europeu, mas caso haja atrasos, o Executivo irá avançar com meios próprios. As duas primeiras fases contaram com fundos do PRR, nas a terceira será com Fundo Social para o Clima. "Só começa quando a Europa decidir o início. Tenho algum receio que possa haver atraso, porque são 27 Estados-membros, mas podemos sempre, se isso acontecer, com o Fundo Ambiental abrir uma fase do E-Lar no primeiro semestre, enquanto não comece o Fundo Social do Clima", explica.
Maria da Graça Carvalho admite que gerir este tipo de programas é difícil em termos de logística, com "dezenas de milhares a concorrer, muitas vezes ao mesmo tempo", mas frisa que "a transição para a energia limpa só se faz se as pessoas aderirem a ela". "Não é só com as grandes indústrias e produção de eletricidade, tem que ser com as pessoas", sublinha.
A ministra da Energia não se mostra preocupada e diz que os 5% que entraram este ano no país são "facilmente substituídos", sendo agora da responsabilidade de uma empresa espanhola com contratos de longo e médio prazo.
"Sem uma sanção firme da Comissão Europeia não tínhamos forma de impedir que essa empresa - que nem sequer é uma empresa portuguesa - fizesse essa importação de gás russo. Mas corresponde simplesmente a 5%, não é considerável, pode ser facilmente substituído", afirma Maria da Graça Carvalho, acrescentando que "tem sido difícil detetar onde é que está a ser utilizado esse gás".
Mas a governante explica que o interesse em reduzir a importação e consumo de gás em Portugal vai muito além da questão russa. "É sempre dinheiro que sai de Portugal, é mais caro que as energias renováveis. A energia solar ou mesmo a eólica é mais barata que utilizar gás, e o gás é muito suscetível a oscilações sempre que há problemas internacionais, conflitos internacionais", reflete. "Temos toda a vantagem em ter uma menor dependência do gás", remata.
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