No mesmo mês em que saiu da petrolífera, Filipe Silva passou a ser advisor (conselheiro) da Trivalor – em regime de part-time. A gestora com quem terá tido uma alegada relação amorosa também já assumiu funções de direção noutra empresa.
Pouco depois de deixar a presidência executiva da Galp - em janeiro de 2025, na sequência de uma alegada relação amorosa dentro da petrolífera - Filipe Silva começou a trabalhar como advisor (conselheiro) do conselho de administração da Trivalor SGPS, a empresa da sua família. Na altura, a informação não foi divulgada e o gestor demorou meses a atualizar o Linkedin, onde esclarece que o cargo não lhe ocupa o tempo inteiro: exerce as funções em regime de part-time.
Filipe Silva é agora conselheiro da Trivalor, após sair da GalpDR
Logo depois da sua saída da Galp, a SÁBADO contactou a Trivalor SGPS para perceber se viria ou não a trabalhar na empresa. A resposta chegou por email: "O Dr. Filipe Silva segue a política do Grupo, não estando disponível para qualquer conversa ou entrevista". Isso significa que estava de facto a trabalhar numa holding que detém a 100% (ou quase) pelo menos 12 empresas, com um total de mais de 23 mil trabalhadores? "Peço desculpa, mas não vou responder à sua pergunta", acrescentou a mesma fonte.
De acordo com a informação que colocou entretanto no Linkedin, terá passado a conselheiro da Trivalor no mesmo mês em que saiu da petrolífera. Os rumores começaram aliás a correr logo no início do ano: era muito provável que se envolvesse na gestão de uma empresa que em 2019, antes da pandemia, era o terceiro maior empregador do País - é dona de gigantes de restauração como a Gertal (com mais de 5 mil colaboradores) e ITAU (a companhia mais antiga do Grupo), mas também de empresas de segurança (Strong Charon) e distribuição (Sogenave), de máquinas de vending (Serdial) e de cartões de refeição (Ticket Serviços).
A SÁBADO sabe que a gestora com quem alegadamente manteve uma relação amorosa que o colocou sob suspeita de conflito de interesses também já assumiu um cargo de direção noutra empresa.
Até à morte do pai (João Crisóstomo Silva), Filipe Silva nunca tinha trabalhado na empresa da família. "Discordavam bastantes vezes e, para proteger a relação pessoal, decidiram não trabalhar juntos", explicou em janeiro uma fonte próxima do ex-CEO da Galp. "Com a morte do pai [que tinha 90% da Trivalor] é normal que queira ter uma participação mais ativa na empresa”, confirmou outro amigo.
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