O proprietário do X, Elon Musk, adiantou esta quarta-feira que a sua empresa vai cumprir a proibição do uso das redes sociais por menores de 16 anos na Austrália, apesar de discordar da iniciativa pioneira.
Elon Musk assegura que o X vai cumprir a lei australianaAP Photo/Susan Walsh, File
"Não é uma escolha nossa - é o que a lei australiana exige", frisou, citado num comunicado da empresa no dia em que a medida entrou em vigor.
A X é a última das dez plataformas de redes sociais afetadas a comprometer-se com a nova legislação.
A Austrália tornou-se hoje o primeiro país do mundo a proibir o uso das redes sociais por menores de 16 anos, após a entrada em vigor da lei aprovada pelo Parlamento e proposta pelo primeiro-ministro, Anthony Albanese.
A proibição, que entrou em vigor às 00:00 de hoje, 10 de dezembro (hora local na Austrália, 13:00 de terça-feira em Lisboa), afeta pelo menos dez plataformas de redes sociais e 'streaming', entre as quais Facebook, Instagram, Threads, YouTube, TikTok, Snapchat, X, Reddit, Twitch e Kick.
Também hoje a Meta, casa-mãe do Facebook e Instagram, alertou, em comunicado, que a proibição do uso das redes sociais por menores de 16 anos na Austrália está a levar os jovens para plataformas menos regulamentadas e, por isso, menos seguras.
O texto especifica que as dez empresas mencionadas devem tomar "medidas razoáveis" para impedir que menores de 16 anos tenham uma conta ativa em qualquer uma dessas plataformas e detalha que, caso essas restrições não sejam cumpridas, elas poderão enfrentar multas de até 50 milhões de dólares australianos (cerca de 28,6 milhões de euros).
Com o objetivo de melhorar o bem-estar psicológico e social dos menores de idade, a Austrália tornou-se assim o primeiro país a proibir os menores de 16 anos de aceder a redes sociais.
As plataformas começarão a excluir, a partir de hoje, as contas utilizadas por menores de 16 anos e terão que solicitar aos utilizadores que decidirem criar uma nova conta em que comprovem a sua idade através de diferentes métodos de verificação, como apresentar um documento de identidade ou realizar um reconhecimento facial.
No entanto, a lei não impede que menores de 16 anos possam aceder sem estarem registados.
Algumas redes sociais que, por enquanto, não estão sujeitas às restrições são a popular Discord, a aplicação de mensagens instantâneas WhatsApp ou o Steam Chat.
Albanese defendeu no domingo que a medida, uma "iniciativa pioneira a nível mundial", será "uma das maiores mudanças sociais e culturais" no país e se tornará "motivo de orgulho nacional nos próximos anos".
"A Austrália estabelece a idade legal para consumir álcool em 18 anos porque a nossa sociedade reconhece os benefícios que esta abordagem oferece tanto para o indivíduo como para a comunidade. O facto de os adolescentes encontrarem maneiras de beber ocasionalmente não diminui a importância de ter uma regulamentação nacional clara", afirmou num comunicado publicado pelo seu gabinete.
O primeiro-ministro australiano argumentou que, graças à proibição, "as crianças terão mais tempo para serem crianças e os pais terão mais tranquilidade".
"Esta lei visa facilitar as conversas com os seus filhos sobre os riscos e danos do uso da Internet", afirmou.
O Senado da Austrália (câmara alta) aprovou a medida no final de novembro, depois de a Câmara dos Deputados (câmara baixa) ter aprovado o texto, que descarta punições para os utilizadores ou pais de menores e coloca o foco nas empresas como responsáveis por cumprir esse novo limite de idade.
Elon Musk acata proibição das redes sociais a menores de 16 anos na Austrália: "Não é uma esscolha nossa"
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