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Dona da Olá anuncia despedimentos até 2025

A nova fase da multinacional Unilever não é só sobre gelados e a separação das marcas mas também se centra no despedimento de 7.500 pessoas em todo o mundo.

Em março, a multinacional Unilever anunciou um plano de reestruturação no seu portfólio com a retirada da unidade de gelados do seu catálogo, que engloba as marcas da Olá e da Ben & Jerry's. Já se sabe que esta retirada irá implicar o corte de 7.500 postos de trabalho em todo o mundo. Só na Europa são esperados 3.200 despedimentos. 

A multinacional que está representada em 190 países e que tem mais de 400 marcas, entre as quais Skip, Calvé ou Dove, também irá mexer na sua presença em Portugal, embora ainda não se saiba ao certo o número de funcionários que vão ser dispensados no País.  

Na Europa, a Univeler emprega mais de 10 mil funcionários e prevê que a reestruturação será realizada até ao final de 2025, de acordo com o conteúdo de uma chamada telefónica realizada por Constantina Tribou, uma das responsáveis do deptarmento de recursos humanos, a que o Financial Times teve acesso. "O impacto esperado nos postos de trabalho na Europa, até ao final de 2025 situa-se entre os 3.000 a 3.200 lugares", afirmou Constantina Tribou. 

Estes cortes vão afetar principalmente os escritórios da empresa e não os postos de trabalho desempenhados em fábricas, acrescentou a responsável da empresa. 

A mudança surge no âmbito da aposta da Unilever em focar-se nas 30 marcas mais rentáveis, que representam 70% das vendas totais da empresa, revelou a Reuters em março quando foi anunciada esta medida. A separação das marcas mais a redução dos postos de trabalhos estão inseridas no âmbito de redução de custos e têm em vista uma poupança de 800 milhões de euros nos próximos três anos. O objetivo é conseguir aumentar as margens da Unilever.

Unilever
A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.