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Vários governos passaram a olhar para as redes de telecomunicações como ativos estratégicos para a segurança nacional - e EUA originaram crise com a Huawei.
AChinaanunciou hoje que concedeu as primeiras licenças comerciais para redes de quinta geração (5G), numa altura em que o domínio chinês da Internet do futuro motiva fricções com Washington.
Quatro operadores chineses (China Telecom, China Mobile, China Unicom e China Broadcasting Network) estão autorizados a "explorar a quinta geração de comunicações móveis digitais", anunciou o ministério chinês da Indústria e Tecnologias de Informação.
Desde o ano passado, foram realizados testes com 5G em várias cidades da China, mas esta é a primeira vez que as autoridades autorizam o seu uso comercial.
A operadora China Mobile, que tem o maior número de usuários do mundo, informou no mesmo dia que vai cobrir 40 cidades na China com 5G, este ano.
"Como sempre, convidamos as empresas estrangeiras a participarem ativamente do mercado 5G na China, a fim de colaborarem no seu desenvolvimento e partilharem dos avanços", afirmou o ministro da Indústria e Tecnologias de Informação da China, Miao Wei.
As redes sem fio 5G destinam-se a conectar carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico e centrais elétricas, pelo que vários governos passaram a olhar para as redes de telecomunicações como ativos estratégicos para a segurança nacional.
Considerada líder mundial em equipamentos 5G, a Huawei tem estado sob pressão dos Estados Unidos, que a colocaram já na chamada Lista de Entidades do Departamento de Comércio, o que implica que as firmas norte-americanas tenham de solicitar licença para vender tecnologia à empresa, que tem sede em Shenzhen, sul da China.
A Huawei "apoia plenamente" as operadoras chinesas na implantação do 5G na China, declarou hoje a empresa, após o anúncio do ministério.
"Acreditamos que, num futuro próximo, a China estará na vanguarda do 5G", lê-se na mesma nota.
Em dezembro passado, durante a visita a Lisboa do Presidente chinês, Xi Jinping, foi assinado entre a Altice e a Huawei um acordo para o desenvolvimento da tecnologia 5G em Portugal, apesar de, também a União Europeia ter assumido "estar preocupada" com a empresa e com outras tecnológicas chinesas, devido aos riscos que estas colocam em termos de segurança.
A Austrália e a Nova Zelândia baniram já as redes de 5G da Huawei por motivos de segurança nacional, após os Estados Unidos e Taiwan, que mantém restrições mais amplas à empresa, terem adotado a mesma medida.
Também o Japão, cuja agência para a segurança no ciberespaço classificou a firma chinesa como de "alto risco", baniu as compras à Huawei por departamentos governamentais.
China concede primeiras licenças comerciais para 5G
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