Sábado – Pense por si

Alteração à lei não evita que ex-ministros criem empresas na área que tutelaram

Negócios 28 de outubro de 2025 às 09:34
As mais lidas

Lei que combate as “porta giratórias” entre o poder político e o mundo empresarial permite que ex-governantes possam criar empresas ou mesmo trabalhar para privados nas áreas em que tutelaram.

A lei que combate as “porta giratórias” entre o poder político e o mundo empresarial, em vigor desde outubro de 2019, permite que os ex-governantes, sejam eles ministros ou secretários de Estado, possam criar empresas ou mesmo trabalhar para privados nas áreas em que tutelaram, sem que haja lugar a um “período de nojo”, avança o .

Assembleia da República debate escolha de coordenador da UTAO por concurso
Assembleia da República debate escolha de coordenador da UTAO por concurso

Os especialistas em transparência e ética dividem-se nos argumentos: há quem diga que podem existir “potenciais problemas”, porque os ex-governantes tiveram acesso ao poder e têm um conhecimento privilegiado dos dossiês, das políticas públicas e até dos reguladores, como João Paulo Batalha, vice-presidente da associação Frente Cívica. Outros admitem que um ex-ministro ou um ex-secretário de Estado tem direito a ter vida profissional após sair do Governo.

A lei estabelece que, após terminarem o mandato, os ex-governantes não podem exercer durante três anos funções em empresas de setores diretamente tutelados pelos próprios e que, simultaneamente, tenham sido alvo de privatização, incentivos fiscais e financeiros ou de uma "intervenção direta do titular de cargo político". Na prática, a legislação não impede a criação de empresas e o trabalho em privados na mesma área tutelada pelo ex-governante.

O jornal dá o exemplo de Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente do último Governo de António Costa, e que criou uma empresa de consultoria na área ambiental apenas quatro meses após sair do Governo.

Ventos de Oeste

Chuvas intensas vão cair (Parte III)

Depois do canalha Musk ter tido o descaramento de declarar que a empatia é uma das fraquezas fundamentais da civilização europeia, eis que a Administração Trump se atreve a proclamar que as actividades da UE minam a liberdade política e a soberania dos povos.