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Dinheiro em casa e subida da prestação da casa: são sinal de que é altura de apertar o cinto?
BCE pediu para se ter dinheiro em casa, diversificar investimentos e investir em empresas europeias, além do abrandamento das taxas de juro em menos de um mês. Especialistas ajudam a decifrar a estratégia do banco central europeu.
Nas últimas semanas o Banco Central Europeu (BCE) recomendou aos cidadãos que tenham sempre algum dinheiro físico para "responder a crises", decidiu colocar um travão na queda das taxas de juros na Zona Euro (estagnou nos 2%) e os analistas preveem que a probabilidade de um novo corte das taxas de juro até ao final do ano seja apenas de 50% e apelou ainda aos cidadãos europeus que invistam em empresas europeias e diversifiquem os seus investimentos. São muitos alertas vindos do banco central e especialistas dizem à SÁBADO que podem ser interpretados como um aviso para que se comece a apertar os cintos para um futuro onde há apenas uma certeza: estará cheio de incertezas.
Riqueza, fortuna, dinheiro
Período de incerteza, com certeza
Nuno Rico sublinha que o período pelo qual a Europa passa é de grande incerteza e com semelhanças a tempos de má memória. "Existem conflitos militares na Europa e no Médio Oriente, dificuldades económicas que se fazem sentir em grandes economias europeias como França e Alemanha e assistimos até a uma inversão do ciclo de taxas de juro, tendo terminado a descida das mesmas", começa por elencar. Mas em simultâneo tem-se verificado um grande crescimento do ponto de vista bolsista o que contribui para um contexto de "alta volatilidade e muita incerteza" e o BCE está então a "enviar avisos à população em diversas áreas". "Na verdade temos uma situação que em certos pontos se assemelha ao que se viveu com a crise de 2011 e que teve origem na crise das subprime que começou em 2007 e se prolongou até 2009 e que depois deu origem à crise das dívidas soberanas", analisa o especialista da DECO. "Os mercados financeiros têm vindo a crescer de forma significativa há muito tempo e o mercado europeu está sobrecarregado com a questão do mercado imobiliário", diz. Ou seja, existe um risco de rebentar da bolha especulativa no imobiliário que pode levar a uma descida significativa dos preços das habitações. E, acrescenta Nuno Rico, há também o problema do maior endividamento das famílias europeias devido ao preço dos imóveis. "E em Portugal esse endividamento é particularmente preocupante", sublinha, lembrando que a DECO tem vindo a avisar para esta questão nos últimos tempos. Mas em caso de crise, nem tudo é negativo, assegura Nuno Rico, afirmando que tanto o setor financeiro como as instituições da sociedade parecem estar mais bem preparadas do que nas grandes crises anteriores. Há então motivos para apertar o cinto? "Mais do que apertar o cinto, trata-se de consolidar práticas financeiras saudáveis que permitam lidar com diferentes cenários económicos", sublinha Bárbara Barroso.Artigos Relacionados
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