Pablo Longoria diz, no entanto, que ainda acredita numa solução para a 1.ª mão do duelo com o Benfica
Pablo Longoria, presidente do Marselha, admite não marcar presença no jogo frente ao Benfica, agendado para amanhã, se se mantiver o impedimento dos adeptos do clube francês em estarem nas bancadas da Luz a apoiar a sua equipa. Num longo comunicado, o líder do emblema gaulês lembra os "sacrifícios" feitos pelos adeptos para viajarem para Portugal e vinca que pode ser mais perigoso se estes não puderem ver o jogo.
"Na qualidade de Presidente do Marselha e de garante de uma instituição que disputará amanhã o décimo jogo dos quartos-de-final da Liga Europa da sua história, não posso aceitar que os nossos adeptos, que fizeram enormes sacrifícios para se deslocarem a Portugal, sejam impedidos de aceder à bancada para assistirem a um jogo que todos aguardamos com grande expetativa nesta época difícil. Não posso aceitar uma situação que seria tanto mais lamentável quanto contribuiria para aumentar o risco de segurança em torno dos milhares de adeptos do Marselha que se encontrariam à porta do Estádio da Luz", deu conta numa longa declaração, antes de explicar o que pode acontecer se tal se verificar: "Depois de ter assumido um compromisso pessoal com todas as partes envolvidas e influentes na organização deste duplo jogo dos quartos de final, posso afirmar com toda a certeza que não posso apoiar uma situação como esta. E se assim for, não estarei presente no jogo de amanhã por solidariedade para com os nossos adeptos, mas também porque não acredito que esta seja uma situação justa e pela qual todos devem ser responsabilizados".
Apesar do descontentamento pelo desenrolar da situação, Longoria acredita que ainda é possível reverter esta situação e apela a que tal suceda. "Apesar do tempo já perdido, penso que ainda é possível recuperar o bom senso e tomar as decisões corretas", referiu, tendo, ainda, realçado a importância deste duelo para o universo do clube francês: "Acompanhar a nossa equipa favorita no estrangeiro, descobrir uma cultura diferente, uma língua diferente, um estádio diferente, um estilo de futebol diferente, defrontar clubes históricos à escala europeia: o que pode ser mais estimulante e gerar mais orgulho? Sobretudo quando se usa o escudo do Marselha no fato, fato de treino, camisola ou bandeiras".
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.