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O piloto ainda não tinha 27 anos e já tinha oito títulos como profissional. Uma lesão em 2020 afastou-o dos pódios, até ter voltado e reforçado a sua condução agressiva, com movimentos como o que fez sobre Miguel Oliveira, em Portimão.
No fim de semana passado o piloto espanhol Marc Márquez abalroou Miguel Oliveira na terceira volta da corrida de MotoGp em Portimão, impedindo a continuação do português e afastando-o da próxima prova pela lesão que sofreu na perna direita. Jorge Martín acabou por ficar também com a corrida estragada.
REUTERS/Issei Kato
Miguel Oliveira referiu aos jornalistas que o piloto espanhol lhe tentou explicar a situação, defendendo que tinha "problemas no travão". Ainda assim o português não poupou as críticas: "Quando se tem problemas nos travões trava-se antes e não mais tarde para tentar ultrapassar pilotos". O gesto do espanhol valeu-lhe críticas nas redes sociais e esta não foi a primeira vez que o seu comportamento em pista gerou polémica.
Quem é Marc Márquez?
Marc Márquez ainda não tinha 27 anos e já tinha oito títulos como profissional, seis dos quais no MotoGP e era-lhe reconhecido um talento como poucos. Tendo mesmo sido apontado com sucessor do italiano Sérgio Rossi.
No entanto, no início da temporada de 2020 acabou por partir um braço numa queda e desde então não voltou a conseguir alcançar títulos. As últimas épocas ficaram marcadas por quatro operações, algumas recaídas e episódios de visão dupla. O comportamento do piloto em pista também se alterou até chegar à atual figura pouco consensual, para o público mas também entre os colegas.
É verdade que sempre foi um atleta agressivo em pista, mas nos últimos anos essa característica tornou-se mais visível com várias manobras arriscadas que chegam a ser antidesportivas para tentar regressar aos pódios.
As polémicas que envolvem o espanhol
Em 2018, ainda antes da lesão, Valentino Rossi foi empurrado para fora da pista por Marc Márquez durante o Moto GP na Argentina. Após o incidente, o piloto italiano afirmou que o espanhol "não tem respeito pelos adversários" e que era "perigoso", afirmando ainda: "Tenho medo de estar em pista com ele, porque sei que ele está atrás de mim".
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Márquez Rossi
Já de regresso às pistas após a lesão, em 2021, Marc Márquez optou pela polémica estratégia de aproveitar o reboque e o cone do piloto mais rápido em pista para conseguir um lugar na segunda sessão de qualificação. No caso em questão, o espanhol seguiu o seu compatriota Maverick Viñales e no final admitiu que "era a única maneira de fazer algo. Tinha limitações e a única maneira era seguir outro piloto".
A Yamaha, equipa a que Maverick Viñales pertencia, reagiu à situação através do chefe de equipa que afirmou: "Parece que o Márquez está a melhorar de dia para dia porque começa a comportar-se como antes".
Também em 2021, o piloto mergulhou numa curva nos momentos iniciais da prova do GP da Grã-Bretanha para ultrapassar Jorge Martín, o mesmo que se viu envolvido no acidente deste domingo, acabando por derrubá-lo, pondo fim à sua corrida. No final da prova, Jorge Martín aceitou as desculpas do compatriota mas referiu: "Arruinou a minha corrida. Não mediu as consequências, não tinha espaço. Espero que aprenda com este acidente".
As reações ao incidente com Miguel Oliveira
No final da corrida deste domingo em Portimão, Jorge Martín não foi tão compreensivo com Marc Márquez e afirmou: "Acertou-me no pé e inclusivamente pensei que me tinha partido a perna, sinceramente. Chegámos a um ponto em que...não sei! Há que melhorar algo, porque não pode ser assim: em todas as corridas acontece a mesma história. Sinceramente espero que a direção de corrida faça algo. Não sei se é comigo, mas há dois anos já aconteceu o mesmo, na altura mandou-me ao chão, hoje outra vez. Não é a primeira vez que ele me mete fora de uma corrida. Pedir desculpas aos pilotos e ao público já não chega. Quando há pilotos à frente, tens de respeitá-los, tens de ir por fora. Mas ele não quer".
Partilhando ainda: "Quando saio para a pista prefiro tê-lo à minha frente, porque sei que, se não for o caso, vou receber um golpe".
A equipa de Jorge Martín também reagiu à atitude de Marc Márquez afirmando que este "destruiu a corrida" do membro da Pramac. O líder da equipa, Paolo Campinoti, afirmou ainda que "não é possível que as coisas continuem assim".
"Perdemos um piloto. Isto não é umrodeona Ilha de Man", atirou Paolo Campinoti fazendo referência às corridas de alta velocidade na ilha do Mar da Irlanda onde quase todos os anos há vítimas mortais.
Aleix Espargaró reagiu ao acidente que levou à queda de Miguel Oliveira defendendo que o piloto espanhol deveria ser banido: "Para mim, têm que bani-lo pelo menos por uma corrida. Mas não sou eu que faço a regras e, no final das contas, só espero que o Oliveira esteja bem. Com a velocidade com que ele foi atingido, poderia facilmente ter destruído o joelho e eu sei bem que isso é verdade porque o Bradley Smith bateu-me assim em Barcelona e fraturou-me o joelho. Senti muita dor durante um ano", acabou as suas declarações referindo que "tudo se repete constantemente".
Apesar das duras críticas dos fãs da modalidade, especialmente dos portugueses, Miguel Oliveira tentou acalmar a situação através de uma publicação nas suas redes sociais em que refere que é preciso ver o "copo bem cheio": "Estou rápido, não me lesionei na queda de sexta, não tenho lesões de natureza grave de hoje. Posto isto, virar página e siga que para a frente é que é caminho! Obrigado gigante a todos pelas mensagens de apoio".
Esta publicação foi feita ainda antes de saber que vai ficar de fora da prova da Argentina pelas lesões na perna direita. O piloto português recorreu também às redes sociais para avançar o seu afastamento temporário: "Foram verificadas lesões tendinosas dos rotadores externos da perna direita, que não apenas impede de caminhar, assim como montar na moto e inclinar para as curvas. É uma lesão que não é passível de cirurgia e que apenas o descanso ajuda na recuperação. Por esta razão, não estarei presente no GP da Argentina".
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