Sábado – Pense por si

Federação turca suspende 149 árbitros de futebol por fazerem apostas desportivas

Na segunda-feira, uma investigação revelou que 371 árbitros das ligas profissionais possuem contas em plataformas de apostas desportivas, sendo que 152 apostam ativamente.

A federação de futebol da Turquia suspendeu esta sexta-feira 149 árbitros, acusados de apostarem em jogos e assim violarem a proibição de o fazer.

Fãs do Galatasaray exibem cachecóis com os nomes dos seus ídolos
Fãs do Galatasaray exibem cachecóis com os nomes dos seus ídolos AP Photo/Francisco Seco

"A arbitragem é uma profissão de honra. Quem manchar essa honra (...) nunca mais participará no futebol turco", vincou o presidente do organismo, Ibrahim Haciosmanoglu.

Na segunda-feira, o futebol turco ficou em choque com as conclusões de uma investigação da federação, que envolveu 571 árbitros das ligas profissionais, e da qual resultou que 371 possuem contas em plataformas de apostas desportivas, sendo que 152 apostam ativamente.

As suspensões aos 149 'juízes' punidos variam entre os oito e os 12 meses, detalhou a federação, acrescentando que continuam em curso investigações sobre mais três elementos.

O organismo especificou que 22 dos implicados (sete árbitros principais e 15 assistentes) atuam na primeira divisão.

Do grupo visado, 10 dos profissionais identificados fizeram mais de 10.000 apostas, sendo que o mais ativo realizou um total de 18.227 apostas.

No mesmo relatório, refere-se que 42 árbitros apostaram, cada um, em mais de 1.000 jogos.

A federação de futebol turca não especificou, no entanto, se algum dos suspensos é suspeito de ter apostado em desafios que os próprios dirigiram, infração ainda mais grave e com molduras penais mais fortes.

Entretanto, o Ministério Público de Istambul abriu igualmente uma investigação judicial sobre o caso.

Artigos Relacionados
A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.