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Vários atletas relatam não conseguir competir ao mais alto nível devido às condições a que estão sujeitos na aldeia olímpica.
Há atletas a tentar abandonar a aldeia olímpica de Paris2024 de forma a conseguirem melhores condições que permitam atingir o seu potencial máximo durante a competição. As principais queixas prendem-se com as opções alimentares na cantina olímpica e com os colchões das camas.
O nadador australiano James Magnussen e o comentador Matty Johns denunciaram as condições "ridículas" vividas na Aldeia Olímpica. James Magnussen disse mesmo, em declarações à cadeia televisiva norte-americana Fox, que a falta de recordes a serem batidos na natação olímpica pode estar relacionada com as condições de descanso dos atletas.
Coco Gauff, tenista norte-americana, revelou que muitos dos seus colegas de equipa decidiram mesmo abandonar a aldeia olímpica, bem como Ariarne Titmus, campeã olímpica de natação australiana. Depois de vencer a final de 400 metros livres, Titmus afirmou: "Provavelmente não foi o tempo que achava que conseguia fazer, mas viver na aldeia olímpica torna as coisas mais difíceis. Claramente não foi feita para alta performance e por isso é um teste a quem consegue manter a mentalidade", disse.
REUTERS/Benoit Tessier
O problema dos colchões
Para estes Jogos Olímpicos, França decidiu oferecer colchões "inteligentes" e "personalizados" para os atletas. Rapidamente começaram a surgir relatos com críticas à decisão. Os atletas brasileiros reclamaram da qualidade dos colchões, relatando dores de cabeça e desconforto durante o sono. O brasileiro Isaquias Queiroz foi um dos que afirmou que dormiu mal e teve dores de cabeça. "A viagem para França foi um pouco cansativa. Principalmente dormir naquela cama da aldeia olímpica é demais. Acho que foi por isso que eu tive dores de cabeça", afirmou o atleta, citado pelo Globo. E as queixas repetiram-se por outras delegações.
Os colchões fornecidos aos atletas em Paris2024 são modulares e 90% é feito de ar e plástico reciclado, semelhante ao material usado em linhas de pesca. São desenvolvidos pela empresa japonesa Airweave, com a promessa de garantir um sono confortável e profundo para os utilizadores. Cada colchão é composto por três blocos de diferentes cores e níveis de firmeza - macio (soft), moderado (moderate), firme (firm) e extra firme (extra firm) -, que podem ser dispostos livremente sobre a cama.
O design destes colchões deveria permitir uma adaptação fácil ao corpo das pessoas. Esta tecnologia ajudaria, por exemplo, a reduzir a temperatura corporal central e prolongar a fase de sono profundo, quando comparado a um colchão de espuma com memória.
No início dos Jogos, os atletas passaram pelo Centro de Ajuste de Colchões na aldeia olímpica e fizeram uma avaliação de cinco minutos na qual foram recolhidas informações sobre o seu corpo e preferências de sono de forma a que as equipas ajustassem a cama de acordo com as necessidades dos atletas.
Após os Jogos Paralímpicos, a Airweave comprometeu-se a doar os colchões a diversas organizações públicas e privadas, instituições educacionais e até mesmo ao exército Francês e à Escola de Ballet da Ópera de Paris. Ao todo foram disponibilizados 16 mil colchões.
A comida
Na aldeia olímpica, os atletas têm acesso a uma cantina com seis áreas principais, que oferecem cardápios diferentes, variando entre comida do mundo, francesa, asiática ou halal.
A comitiva britânica sentiu a necessidade de trazer um cozinheiro para completar as refeições dos seus atletas devido a uma alegada falta de comida na aldeia olímpica e pela qualidade oferecida não ser a melhor.
Andy Anson, diretor da Associação Olímpica Britânica, disse ao The Times que a aldeia olímpica "não é adequada" e que era necessária "uma melhoria dramática". "Há falta de ovos, frango e certos carboidratos", acrescentou, afirmando que esta falha na alimentação é "o principal problema" para os atletas, denunciando mesmo que estavam a servir carne crua.
Face às queixas de vários atletas os ovos chegaram a ter de ser racionados.
A empresa responsável pelo catering da aldeia olímpica, a Sodexo Live!, disse levar "muito a sério o feedback dos atletas" e garantiu estar a trabalhar "ativamente para adaptar" o fornecimento à "crescente popularidade dos restaurante da aldeia" e ao "consumo real observado nos primeiros dias". Acrescentou ainda que ia aumentar a disponibilidade de ovos e carne, dos produtos mais consumidos.
Por sua vez, o grupo Carrefour, que está encarregue de fornecer 600 toneladas de produtos frescos para alimentar os atletas ao longo dos Jogos Olímpicos, confirmou que face às "primeiras avaliações das refeições consumidas foi solicitada uma revisão em alta das quantidades inicialmente previstas".
De acordo com a BBC, durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris serão servidas cerca de 13 milhões de refeições.
Queixas sobre calor
Uma outra queixa comum está relacionada com a temperatura nos quartos. França atravessa uma onda de calor e muitos atletas têm recorrido a táticas para a contornar, visto que os quartos não têm ar condicionado instalado.
De acordo com a informação oficial, os quartos não têm acesso a ar condicionado por decisão da comissão organizadora que pretendia reduzir as emissões de carbono. No entanto, devido a queixas de algumas comitivas, o comité decidiu instalar unidades de ar condicionado nas comitivas que decidiram pagar por esta comodidade.
Mas a decisão causou transtorno em certas comitivas que lamentam que haja "quartos de primeira e de segunda", dependendo de quem "pode ou não pagar".
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