A informação inicial da agressão foi avançada por parte da Comissão de Trabalhadores (CT) da estação pública, através de comunicado em que repudiava "veementemente a agressão de que foi vítima um jornalista repórter da RTP, por parte de criminosos disfarçados de adeptos de futebol na Final da Taça de Portugal", como referia o órgão representativo dos trabalhadores.
O porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Tiago Garcia, em declarações à Lusa no final do jogo, no qual o Desportivo das Aves derrotou o Sporting por 2-1, vencendo assim pela primeira vez a Taça de Portugal, referiu que adeptos do Sporting atiraram pedras a equipas de reportagem que se encontravam na praça da Maratona.
No comunicado, titulado "Isto não pode continuar", a CT recorda "que segundo o recentemente alterado Artigo 132.º do Código Penal, as agressões a jornalistas no exercício das suas funções são crime público", esperando das autoridades competentes "uma actuação célere na investigação e acusação dos autores deste crime".
A CT lembra ainda que "há menos de um ano, um outro jornalista da RTP foi selvaticamente agredido em reportagem numa escola básica de Lisboa". "Isto simplesmente não pode continuar", conclui a CT, aproveitando para se solidarizar com o jornalista e a sua família, a quem manifesta o seu apoio.
Entretanto, o Sindicato dos Jornalistas apelou esta segunda-feira para que o repórter agredido "proceda criminalmente contra os agressores", e comprometendo-se a "reportar o caso às entidades responsáveis". Também o Sindicato dos Meios Audiovisuais repudiou a agressão, manifestando-se disponível para avançar com "acções" com outras entidades, em declarações à Agência Lusa.