Os próximos cinco anos deverão ser o período mais quente alguma vez registado na Terra. Cientistas avisam para a necessidade de agir.
As previsões dos cientistas apontam para que 2027 seja o ano com a temperatura mais alta alguma vez registada. O modelo enfatiza que haverá quase certamente (98% de certeza) um pico de temperatura global nos próximos cinco anos e que este será superior a 1,5ºC, o limite estabelecido no Acordo de Paris sobre o clima.
EPA/REHAN KHAN
Os 1,5ºC são o limiar simbólico definido pelos cientistas. É considerado como "o ponto sem retorno". E os cientistas avisam que em 2027 esses 1,5ºC podem ser ultrapassados de forma temporária e corrigido, mas fica um aviso de que são precisas mais medidas para atrasar estes avanços. Os investigadores acreditam que as temperaturas tenderão a subir ainda mais devido à combinação entre as emissões de gases com efeito de estufa e o fenómeno El Niño.
"Há uma probabilidade de 98% de pelo menos um dos próximos cinco anos, e o período de cinco anos como um todo, serem os mais quentes desde que há registos", avisa a Organização Mundial de Meteorologia, citada pelo jornal britânico The Guardian.
Leon Hermanson, cientista do Met Office e responsável pelo estudo apresentado esta semana, refere que os novos máximos vão ser "motivados quase completamente pelo aumento de gases de efeito estufa na atmosfera" e também do fenómeno El Niño "que ocorre naturalmente" e que também vai libertar grandes quantidades de calor no Oceano Pacífico na região tropical.
El Niño é uma fase de aquecimento recorrente que ocorre no Pacífico tropical após uma fase de resfriamento, chamada La Niña. A fase La Niña do oceano terminou em março deste ano, com previsão de ocorrência do El Niño nos próximos meses.
As Nações Unidas avançam mesmo que é quase certo que o período entre 2023 e 2027 sejam os cinco anos mais quentes de sempre, sendo que o anterior recorde foi registado entre 2015 e 2022, com 2016 a ser o ano mais quente de que há registo. O secretário-geral da ONU, António Guterres, tem colocado como principal bandeira do seu mandato o combate às alterações climáticas.
O tratado de mudança climática assinado em Paris e juridicamente vinculativo entrou em vigor em 2016 e procurou limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. O documento foi ratificado por 196 países.
Os especialistas avisam que as repercussões climáticas terão efeitos drásticos na saúde de milhões de pessoas, colocar em risco a segurança alimentar em várias regiões do globo, bem como a gestão de água potável. Há também vários milhares de quilómetros de terra que estão em risco. O Alasca, a África do Sul, o sul da Ásia e algumas partes da Austrália são as regiões que devem esperar já este ano temperaturas acima da média do período entre 1991-2020.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.