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Aspartame vai integrar lista da Organização Mundial da Saúde (OMS). A Coca-Cola sem açúcar é um dos refrigerantes que contém este adoçante artificial.
A Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC), que pertence à Organização Mundial da Saúde (OMS), prepara-se para declarar, em julho, o adoçante artifical aspartame como um produto "possivelmente cancerígeno". A informação foi avançada por duas fontes com conhecimento sobre este processo e citadas pela Reuters.
Getty Images
Os especialistas da IARC chegaram à conclusão que o aspartame, utilizado regularmente em alimentos dietéticos, como é o caso da Coca-Cola Zero, as pastilhas elásticas da marca Extra e em algumas bebidas da Snapple, pode ser cancerígeno, após terem avaliado 1.300 estudos.
Apesar da IARC já se ter reunido com alguns peritos externos, para compreender se este adoçante pode, ou não, constituir um risco para a saúde humana, a decisão final só vai ser tornada pública a 14 de julho.
Desde 1981 que o comité internacional de especialistas, com elementos da FAO e da OMS, o JECFA, tem afirmado que o consumo deste adoçante artificial é seguro, desde que dentro dos limites diários estabelecidos. Para estar numa posição de risco seria necessário, por exemplo, um adulto de 60 kg beber entre 12 a 36 latas de refrigerantes sem açúcar, por dia. No entanto essas conclusões parecem agora ter sido contrariadas.
As hipóteses anteriormente apresentadas já tinham preocupado alguns consumidores e conduziram até a ações judiciais. Isto resultou numa pressão feita aos fabricantes, para que criassem novas receitas. A IARC entretanto foi alvo de críticas e os seus especialistas foram acusados de fazer avaliações confusas para o público.
A Pepsico, empresa com a marca Pepsi, por exemplo, foi uma das entidades, que em 2015 decidiu retirar o aspartame dos refrigerantes, ainda que um ano depois este componente estivesse de volta aos alimentos.
Sabe-se que a decisão da IARC pode ter um grande impacto. Em 2015 o comité desta agência conclui que o glifosato, um herbicida, era "provavelmente cancerígeno". Anos mais tarde esta conclusão fazia-se sentir nas empresas.
Ainda assim, a secretária-geral da Associação Internacional de Adoçantes, Frances Hunt-Wood, avisa que a IARC "não é um organismo de segurança alimentar e a sua análise do aspartame não é cientificamente exaustiva". Também a diretora executiva do Conselho Internacional das Associações de Bebidas, Kate Loatman, comentou este rumor de que a decisão vai ser no sentido de desaconselhar este adoçante, considerando que as fugas de informação podem "induzir desnecessariamente os consumidores a consumir mais açúcar, em vez de escolherem opções seguras sem ou com baixo teor de açúcar".
O aspartame tem sido objeto de estudo há vários anos. No ano passado, um estudo realizado em França, com 100.000 adultos, mostrou que as pessoas que consumem grandes quantidades de adoçantes artificiais apresentam um maior risco de vir a desenvolver cancro.
A este estudo seguiu-se um outro realizado pelo Instituto Ramazzini, em Itália, no início da década de 2000, que indicava que o cancro que alguns ratinhos tinham desenvolvido, estava relacionado com o componente que a OMS quer agora declarar como possivelmente cancerígeno.
O consumo do aspartame é autorizado a nível mundial. Porém, assim como a utilização do telemóvel, agora deve entrar para a categoria de "possivelmente cancerígena", enquanto que o consumo da carne vermelha está classificado como "provavelmente cancerígeno".
A classificação do aspartame como nesta lista de risco tem como objetivo motivar mais a sua investigação, segundo as fontes próximas da IARC. Esses estudos irão ajudar as agências, consumidores e fabricantes a retirar conclusões mais sólidas. No entanto, no mês passado, a OMS aconselhou os consumidores a não utilizarem adoçantes sem açúcar para o controlo do peso. As indústrias alimentares argumentaram dizendo que estes adoçantes podem ser úteis para os consumidores que pretendem reduzir a quantidade de açúcar na sua dieta.
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