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Garantia é dada pelo Infarmed e pelo director-geral da saúde, Francisco George. DGS esclarece quando tem de ser prescrita aos doentes
Não faltam vacinas contra o vírus da hepatite Aque está a afectar cerca de 120 pessoas em Portugal, metade delas internada. O Infarmed garante que existe oferta, mas que os fabricantes estão a geri-la, a nível mundial, para evitar a corrida as farmácias, indicou fonte à agência Lusa.
"A gestão nem é nacional, é a nível mundial, para evitar precisamente uma corrida às farmácias. Devem ser os médicos a prescrever a vacina a quem precisa e as farmácias, depois, entram em contacto com os fabricantes", clarificou fonte do Infarmed à Lusa. Ontem, houve duas reuniões entre o Infarmed e os fabricantes das vacinas em causa.
Devido a este surto, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) emitiu uma orientação para os profissionais de saúde. Este ano, até 29 de Março, registaram-se 115 casos de hepatite A. 97% dos doentes são adultos jovens do sexo masculino, que habitam na sua maioria na área de Lisboa e Vale do Tejo.
A estirpe, indica a agência Lusa, está relacionada com viajantes que regressaram da América Central e do Sul. Também se fez notar em Espanha, Reino Unido e outros países europeus. "Num caso importado foi demonstrada a estirpe associada aocluster(...) relacionado com um festival de Verão na Holanda e um surto em Taiwan", indicou a DGS.
Hoje Francisco George, o director-geral da saúde, também assegurou que "a vacina existe no nosso país em quantidades suficientes para ser usada por quem precisa". Por isso, pediu que não haja uma corrida às vacinas. "Temos as vacinas necessárias desde que respeitemos os critérios médicos para a sua utilização."
George explicou à RTP que a vacina só é prescrita "quando o médico percebe que é preciso proteger contactos íntimos que não estejam doentes, ou então quando há uma deslocação", e que há outros medicamentos que impedem o contágio.
Antes, na SIC, Francisco George já sustentara que "não há grupos de risco", mas sim "comportamentos de risco". Um dado que é reforçado por Nuno Pinto, presidente da ILGA, ao Observador. "A questão é que este grupo que se tem designado como HSH, homens que têm sexo com outros homens, é muito diverso no que diz respeito aos comportamentos. Na questão específica percebemos a importância de alertar a população específica, mas qualquer pessoa pode ser atingida por este surto", salientou Pinto.
Ao mesmo jornal, o presidente da ILGA lembrou: "Pode haver pessoas com receio de contactar os seus médicos porque existem ainda muitas práticas discriminatórias nos cuidados de saúde".
A infecção por VHA pode ser assintomática, subclínica ou provocar doença aguda, associada a febre, mal-estar, icterícia, colúria, astenia, anorexia, náuseas, vómitos e dor abdominal.
A gravidade da doença aumenta com a idade sobretudo em pessoas que tenham subjacente doença hepática crónica cirrose ou hepatite B ou C crónicas. A hepatite fulminante com insuficiência hepática é rara, ocorrendo em menos de 1% dos casos. Segundo a DGS, a letalidade é de 0,3-0,6% (aumenta com a idade e atinge 1,8% em doentes com mais de 50 anos). A infecção não evolui para a cronicidade e provoca imunidade para toda a vida. A vacina contra o vírus da hepatite A não consta do Programa Nacional de Vacinação e, segundo a subdirectora geral da saúde Graça Freitas, tem de ser prescrita por um médico. Em Portugal a vacina é prescrita geralmente no âmbito das consultas do viajante.
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