Emissões dos fogos que queimaram cerca de 500 mil hectares bateram recordes em Espanha.
O fumo causado pelos incêndios, que deixaram a Península Ibérica, França e até Inglaterra cobertos, ficou captado nas imagens de satélite da Eumetsat. Nelas, é possível ver como os fogos consumiram milhares de hectares. Só em Portugal foram cerca de 270 mil hectares ardidos, enquanto que em Espanha estima-se que arderam mais de 230 mil.
Incêndios em Portugal em 2023ESA/LUSA_EPA
Imagens mostram uma expansão das colunas de fumo, que começaram a ganhar envergadura na tarde de 13 de agosto, em Portugal e Espanha. Já pelas 16h15 de 15 de agosto as imagens mostravam que os fogos estariam a afetar sobretudo Portugal com as colunas de fumo a terem alcançado o norte e sul de França.
Quanto mais intensos são os incêndios e mais calor libertam, maiores são as suas emissões. Segundo o jornal espanhol El País, as correntes atmosféricas podem ser fundamentais na propagação dos fumos para o sul do continente – isto porque podem empurrar a poluição por milhares de quilómetros. Foi o que aconteceu, por exemplo, com os fogos que assolaram o Canadá entre abril e junho, cuja fumaça cruzou o Oceano Atlântico e chegou até à Grécia, indicou o serviço de monitorização atmosférico Copernicus.
Recorde de emissões em Espanha
Nos dias mais críticos, as emissões associadas aos fogos dispararam para níveis inéditos. Tanto o dióxido de carbono como as partículas finais alcançaram os seus níveis mais altos em pelo menos 23 anos, em Espanha, tendo superado os registados nos incêndios de 2022 e 2006.
No país vizinho, só na semana de 19 de agosto, os incêndios libertaram 13 milhões de toneladas de dióxido de carbono, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Por comparação, em 2023 a aviação comercial havia emitido 7,7 milhões de toneladas, refere o último relatório da Agência Europeia do Ambiente.
A magnitude das emissões não só estabeleceu um recorde semanal em Espanha, como também fizeram com que 2025 fosse o ano em que se registou um maior volume de dióxido de carbono e partículas finas, atribuíveis a incêndios, desde 2003. Em Portugal esse recorde não foi quebrado, mas são já o dobro das registadas entre 2003 e 2024. No entanto, ao contrário do que aconteceu nesse país, a nível global as emissões e a quantidade de superfície queimada diminuíram. Segundo o El País, este cenário explicou-se pela mudança no uso dos solos.
Já a nível global as emissões e a quantidade de superfície queimada diminuíram. Segundo o El País, este cenário explicou-se pela mudança no uso dos solos.
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