As vacinas contra a covid-19 salvaram 19,8 milhões de vidas no primeiro ano em que foram administradas. A conclusão é de um estudo do Imperial College de Londres, publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases.
Início da vacinação em Portugal com a administração da vacina da Pfizer, a primeira a ser aprovada em Portugal, para combater a Pandemia da COVID-19, no Hospital de São João do Porto.Bruno Colaço
O estudo, realizado a partir de modelos matemáticos, fez saber que a mortalidade foi reduzida mais de metade (63%), na medida em que entre 31,4 milhões de mortes possíveis devido à covid-19, foram salvas 19,8 milhões de vidas. Esta estimativa foi feita com base no excesso de mortalidade detetado em 185 países e territórios diferentes.
Os investigadores descobriram ainda que outras 599.300 vidas poderiam ter sido salvas caso tivesse sido atingida a meta de 40% da população de cada país com pelo menos duas doses até ao final de 2021, estipulada pela Organização Mundial de Saúde.
"Das cerca de 20 milhões de mortes que se estima terem sido evitadas no primeiro ano de vacinação, ao menos 7,5 milhões correspondem a países que beneficiaram da iniciativa COVAX de acesso às vacinas contra a covid-19", diz Oliver Watson, do Imperial College de Londres. "As nossas conclusões demonstram terem sido salvas milhões de vidas ao proporcionar vacinas a todo o mundo, independentemente da riqueza. Mas podíamos ter feito mais. Caso cumpríssemos os objetivos da OMS, teríamos evitado uma em cada cinco mortes nos países em desenvolvimento."
Na realização da análise, foi utilizado um modelo criado para a transmissão da covid-19 baseado nos dados oficiais de mortes causadas pela doença em cada país entre 8 de dezembro de 2020 e 8 de dezembro de 2021. Caso não houvesse números oficiais, eram usadas estimativas.
De seguida, foi feita uma análise ao excesso de mortalidade por qualquer causa para incluir mortes por covid-19 que possam não ter sido incluídas nos números oficiais. Finalmente, os dados cforam comparados com um cenário hipotético em que nenhuma vacina tinha sido aplicada.
O estudo excluiu a China devido à grande população e às medidas de confinamento muito restritas. Os investigadores consideraram critérios de variabilidade como a taxa de vacinação por país e a eficácia das vacinas mais usadas.
A redução da mortalidade é atribuída à proteção que a vacina confere contra os sintomas mais fortes e contra a transmissão da doença.
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