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Covid-19: Primeiras vacinas devem chegar na primavera de 2021

16 de outubro de 2020 às 12:26
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A Agência Europeia de Medicamentos afirma que "é muito difícil, quase impossível, ter a vacina ainda em 2020". Mas que no início de 2021 deve haver três vacinas.

As primeiras vacinas contra o coronavírus devem chegar na primavera do próximo ano, "se tudo correr bem", previu hoje o diretor-executivo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o italiano Guido Rasi.

"É muito difícil, quase impossível, ter a vacina ainda em 2020. Se tudo correr bem, nos primeiros meses de 2021 poderá haver três vacinas aprovadas pela EMA", adiantou Rasi ao canal de televisão de informação "Skytg24", citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

Rasi esclareceu que "as primeiras doses para as populações de risco devem chegar na primavera de 2021, com um início significativo da vacinação" e que "a disponibilidade de doses aumentará muito rapidamente, após a aprovação. Julgo que, se tivermos sorte, muitos dos que desejam ser vacinados podem fazê-lo até o verão de 2021", anteviu ainda.

O diretor do EMA vincou que "a chegada da vacina será o início do fim da pandemia, mas não o fim", e "que só depois de um ano de vacina disponível, se saberá se a pandemia diminuirá significativamente".

Questionado sobre se as máscaras podem ser dispensadas quando a vacina chegar, Rasi considerou que "em princípio, certamente que não", acrescentando que só será possível "dispensar o distanciamento e as máscaras quando existirem os primeiros dados sobre a eficácia da vacina".

Esses dados, disse ainda, serão "a relação entre eficácia e desempenho na prática, altura em que se verá quantas pessoas respondem à vacina, a sua intensidade e quanto tempo dura". Em sua opinião, esse período "vai demorar pelo menos seis meses".

Sobre o uso de diferentes medicamentos no tratamento da doença, o diretor da EMA lembrou que "há pelo menos dois ou três medicamentos ou abordagens que, com alguma certeza, são eficazes, como por exemplo usar a cortisona na hora certa, nem muito cedo nem muito tarde, ou usar `diluentes´ de sangue"

"Agora a possibilidade de começar a usar anticorpos monoclonais, que parecem ter sido usados na Casa Branca (para o tratamento do presidente norte-americano Donald Trump), está muito próxima", acrescentou Rasi.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos e mais de 38,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.128 pessoas dos 93.294 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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