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Covid-19: Novos estudos sem evidência de que animais domésticos contaminem donos

20 de abril de 2020 às 15:49
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Agência de saúde francesa diz que as primeiras experiências realizadas em animais mostram que os cães são "pouco recetivos" ao novo coronavírus.

Os novos estudos feitos pela agência de saúde francesa (ANSES) ainda não detetaram "nenhuma evidência" sobre a possibilidade de os animais de estimação infetados com o novo coronavírus contaminarem os seres humanos, anunciou a entidade esta segunda-feira.

A ANSES destacou que os casos de infeção de animais domésticos "permanecem esporádicos e isolados, devido à forte circulação do vírus no homem", revelando que as primeiras experiências realizadas em animais mostram que os cães são "pouco recetivos" à covid-19.

Porém, os investigadores consideram ser provável que os gatos, principalmente os jovens, sejam contaminados, bem como furões e hamsters, que também desenvolvem sinais clínicos ao serem experimentalmente infetados.

Ainda assim, "nenhum caso de contaminação humana por animal de estimação foi relatado até ao momento", e atualmente não há nenhuma evidência científica sobre a capacidade de transmissão do SARS-CoV-2 de um animal doméstico para o seu dono, realçou a ANSES, que no início de março já tinha divulgado o mesmo tipo de conclusão.

Desde que surgiu o novo coronavírus, alguns casos de animais domésticos foram publicamente reportados como tendo apresentado resultados positivos, incluindo dois cães e um gato em Hong Kong e um gato na Bélgica, levantando preocupações sobre a possibilidade de transmissão aos humanos.

Para prevenir qualquer risco, a Agência Francesa de Alimentos, Meio Ambiente e Saúde e Segurança Ocupacional (ANSES), pediu que se respeitem algumas regras de higiene, como lavar as mãos com sabão depois de acariciar um animal, ou após fazer a manutenção da sua cama, e evitar o contacto próximo no rosto. Também aconselha a que, caso uma pessoa esteja infetada, que não fique em contacto com o animal de estimação, para preservá-lo.

A agência gaulesa referiu ainda que, uma vez que as experiências sobre a contaminação por covid-19 em animais de fazenda, como porcos, galinhas e patos, mostram que estes não são recetivos à covid-19, para já, exclui a hipótese de transmissão do vírus pela ingestão de carne.

Para os especialistas, a única forma de haver uma contaminação dos alimentos é o seu manuseio por uma pessoa doente, e a contaminação ao nível digestivo está, para já, descartada. Porém, a contaminação ao nível respiratório durante a mastigação dos alimentos "não pode ser totalmente excluída", assinalou a ANSES.

Daí, a agência também defende boas práticas de higiene na confeção dos alimentos, vincando que a cozedura (quatro minutos a 63º) pode ser considerada eficaz na inativação da covid-19 nos alimentos.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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