Sábado – Pense por si

Como funciona o cérebro de um adolescente?

Lucília Galha
Lucília Galha 31 de julho de 2022 às 10:00

As neuras, envolverem-se em sarilhos, preferirem os amigos à família e um dia vestirem-se de betos e no seguinte de góticos, têm uma razão. Tem tudo a ver com o que se passa dentro da cabeça deles.

Na sala que fica na parte de baixo da casa onde Gonçalo joga PlayStation também está o seu papagaio, a Carminho. O animal já sabe responder por ele. Razão: todos os dias acontece a mesma coisa. A mãe chama-o para vir jantar e Gonçalo responde: “Já vou.” “De tanto ouvir, o papagaio aprendeu a dizer com a voz dele ‘já vou’, porque é sempre o que ele diz, nunca vem imediatamente”, conta a mãe, Patrícia Pereira. A enfermeira, 43 anos, mal reconhece o seu “Gonçalinho” – nome que já foi proibida de usar, é infantil. Diz que ele se isola na PlayStation, que “é capaz de não ir à praia com os amigos porque quer jogar” e acha que sair com os pais “é uma seca”, prefere ficar sozinho em casa. Gonçalo Seara, 15 anos, desdramatiza: “A mãe exagera um bocadinho”, diz à SÁBADO. A versão do adolescente é outra: “Passo os dias praticamente fora de casa, só jogo PlayStation à noite para relaxar”, conta.

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