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Cinco anos depois, OMS volta a pedir dados sobre covid-19 à China

Lusa 31 de dezembro de 2024 às 17:07
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Os primeiros casos de covid-19 foram notificados em 31 de dezembro de 2019 a partir da China, onde então foram designados como sendo de pneumonia viral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou hoje a exigir que a China partilhe dados e informações para se compreender como a pandemia da covid-19 começou.

REUTERS/Stephane Mahe

Segundo a OMS, que hoje emitiu um comunicado sobre o assunto na véspera do dia em que se assinalam cinco anos sobre a notificação dos primeiros casos no mundo, trata-se de "um imperativo moral e científico" que a China responda ao apelo.

"Sem transparência, partilha e cooperação entre países, o mundo não se pode preparar de maneira adequada para futuras epidemias e pandemias ou preveni-las", refere a OMS em comunicado, citado pela agência noticiosa AFP.

Os primeiros casos de covid-19 foram notificados em 31 de dezembro de 2019 a partir da China, onde então foram designados como sendo de pneumonia viral.

O coronavírus na sua origem - o SARS-CoV-2 - disseminou-se rapidamente pelo mundo e uma nova doença respiratória foi designada de covid-19, tendo sido oficializada como uma pandemia em 11 de março de 2020.

Em Portugal, os dois primeiros casos de covid-19 foram conhecidos em 2 de março de 2020.

De acordo com as mais recentes estatísticas da OMS, de meados de dezembro, no mundo já morreram mais de sete milhões de pessoas com covid-19 e cerca de 800 milhões ficaram infetadas.

A OMS estima números mais elevados, uma vez que nem todos os países reportaram dados.

No início do corrente mês, numa conferência de imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que, nos dias atuais, o mundo estaria "confrontado com as mesmas fraquezas e vulnerabilidades" se surgisse uma nova pandemia, apesar de ter aprendido "muitas lições dolorosas" e ter adotado "medidas importantes para reforçar as suas defesas contra futuras epidemias e pandemias".

Um tratado internacional para a prevenção e preparação de futuras pandemias está a ser negociado pelos países-membros da OMS, que espera tê-lo aprovado em maio de 2025.

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