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Dor crónica: medicamento revolucionário a caminho

Lucília Galha
Lucília Galha 22 de janeiro de 2025 às 23:00

Pela primeira vez, em 20 anos, está prestes a ser aprovado um novo medicamento para a dor. A descoberta pode vir a ser tão revolucionária quanto o Ozempic foi para a obesidade. Razão? O novo analgésico não causa dependência. Mas há mais novidades: fatos com elétrodos que permitem que doentes com fibromialgia façam fisioterapia; uma espécie de cateterismo que trata as articulações com nanopartículas; ou o uso de células do sistema imunitário para curar doenças reumatológicas, como se faz no cancro.

Tome-se como exemplo uma infeção. O princípio é que um determinado agente se dissemina pelo organismo. Com a dor acontece exatamente o mesmo. Numa fase inicial, está onde começa. Por exemplo, num pé, quando se faz uma entorse ou uma fratura. “É aquilo que nos alerta de que temos de repousar, de tratar, que há um problema grave no sítio onde dói”, explica o anestesiologista Javier Durán. Mas, conforme o tempo passa, já não está ali onde começou, “está fora do seu domicílio”, compara Cláudia Armada, coordenadora da Clínica da Dor do IPO de Lisboa. Torna-se inútil. Razão: não só deixa de ser um mecanismo de alerta, como começa a provocar estragos. “Deixa de ser um sintoma e passa a ser uma doença. É a definição de doença, aquilo que causa dano no organismo”, explica Javier Durán, coordenador da Unidade da Dor do Hospital Tejo.

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