As taxas de mortalidade diminuíram em 29 países com um índice de desenvolvimento humano muito elevado.
Quatro mulheres são diagnosticadas com cancro de mama a cada minuto no mundo e uma acaba por morrer devido à doença, estima um estudo publicado hoje na revista científica Nature Medicine.
Getty Images
A investigação sobre os padrões e tendências globais da incidência e mortalidade do cancro da mama em 185 países indica que uma em cada 20 mulheres no mundo é diagnosticada com este tipo de cancro e que uma em cada 70 provavelmente morrerá da doença.
Coordenado por Miranda Fidler-Benaoudia, investigadora do Cancer Epidemiology and Prevention Research (CEPR) de Alberta, no Canadá, o estudo apurou que, a nível global, ocorreram 2,3 milhões de novos casos e 670 mil mortes por cancro da mama feminino em 2022.
De acordo com as conclusões, as taxas de mortalidade diminuíram em 29 países com um índice de desenvolvimento humano (IDH) muito elevado, mas apenas sete países - Malta, Dinamarca, Bélgica, Suíça, Lituânia, Países Baixos e Eslovénia - estão a atingir a meta da Iniciativa Global contra o Cancro da Mama de, pelo menos, uma redução de 2,5% por ano.
A manterem-se as taxas atuais, "em 2050, os novos casos e mortes terão aumentado 38% e 68%, respetivamente, impactando desproporcionalmente os países com baixo IDH", correspondendo a uma estimativa de 3,2 milhões de novos casos e 1,1 milhões de mortes, alerta ainda o estudo sobre o tipo de cancro mais diagnosticado entre as mulheres.
As taxas globais variam, porém, entre países e continentes, com a possibilidade de um diagnóstico ao longo da vida a ser maior em França (um em cada nove) e na América do Norte (um em cada dez), enquanto o risco de morrer de cancro da mama ao longo da vida é mais elevado nas ilhas Fiji (um em cada 24) e em África (um em cada 47).
"As tendências emergentes no cancro da mama também trazem a consciencialização para uma incidência crescente em idades mais jovens e chamam a atenção para os sucessos na redução da mortalidade, mas apenas nos países mais desenvolvidos", refere o estudo.
Os sistemas de saúde robustos que "facilitam o acesso a um diagnóstico atempado e a um tratamento de alta qualidade significam que o prognóstico é geralmente bom e a sobrevivência a cinco anos pode atingir mais de 90%", refere ainda a investigação, alertando que, nos países com um IDH baixo e médio, as taxas de incidência do cancro da mama continuam a ser relativamente baixas, mas são acompanhadas por uma elevada mortalidade.
Isso deve-se, de acordo com o estudo, a atrasos no diagnóstico e a baixas taxas de início do tratamento, que são atribuídas a fatores sistémicos, económicos e sociais.
Perante isso, os autores defendem ações urgentes, particularmente em países com pontuações mais baixas no IDH, uma métrica utilizada para medir a qualidade de vida global de um país, considerando fatores como a esperança de vida, os níveis de educação e o nível de vida.
Segundo os últimos dados do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção-Geral da Saúde, em Portugal o rastreio do cancro da mama está implementado em todas as regiões, com uma cobertura geográfica de 100% das Unidades Funcionais de Portugal continental e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
De acordo com a mesma fonte, em 2023, o país superou a meta prevista pelo European Beating Cancer Plan, com 99% da população convidada, tendo-se registado uma taxa de adesão ao rastreio de 56%, num total de 440.298 mulheres.
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