Sábado – Pense por si

Somos viciados em prazer rápido

Vanda Marques
Vanda Marques 25 de setembro de 2022 às 10:00

Batatas fritas, chocolate e Netflix funcionam da mesma forma no cérebro – aumentam a produção de dopamina. A psiquiatra Anna Lembke explica porque não resistimos à gratificação imediata.

A acusação parecia-lhe absurda. A filha de 20 anos disparava: “Mãe, estás sempre a ver vídeos no YouTube.” A psiquiatra norte-americana, especialista em Medicina da Adição, desvalorizou. Só que aquela ideia ficou a martelar na cabeça de Anna Lembke. “Gosto muito de vídeos de desporto e comecei a fazer contas. Ao fim da semana tinha visto 10 horas. Era um tempo em que podia estar a fazer outra coisa e nem tinha noção de que via tanto tempo”, diz à SÁBADO. “Os nossos cérebros são naturalmente vulneráveis ao consumo excessivo e temos de perceber que o conteúdo digital é uma droga e que estamos a expor os nossos cérebros a uma droga altamente potente. Não quer dizer que não possamos consumir nada, ou que todos vão ficar viciados da mesma forma, mas temos de ter consciência para termos um consumo saudável”, diz à SÁBADO Anna Lembke, que acabou de editar um livro sobre o tema.

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